A cada 3horas e 40 minutos um brasileiro morre por acidente durante a jornada de trabalho. Entre 2012 e 2018 foram 17.200 mortes por doenças ou atividades laborais. No domingo (28), foi comemorado o Dia Mundial e Nacional de Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho e para falar sobre estes riscos o Jornal das Nove recebeu especialistas no assunto.
“A gente precisa melhorar a eficácia do sistema de saúde. Alguns não perceberam que o ambiente de trabalho se modificou. O trabalhador quando chega e vê que não atingiu a produção no mês anterior, ele vai querer atingir, ainda que o empregador não esteja batendo no ouvido dele”, disse o vice-coordenador do núcleo de saúde e segurança da Acic, Roberto Lodetti, se referindo a realização de atividades sem o cuidado necessário, visando acabamento mais rápido.
Conforme a engenheira de segurança e participante do núcleo de saúde e segurança da Acic, na região existem empresas referências em cuidados, mesmo assim os gastos são elevados devido a trabalhadores machucados. “Somente em Santa Catarina foram R$ 78 bilhões nos últimos seis anos. Os acidentes acabam comentando mais com os homens, a maioria dos acidentes acontece por atos inseguros”, afirmou.
Se a empresa tiver mais de 20 funcionários, deve ter uma comissão para prevenir acidentes. O nível de riscos vai de 1 até 4, caso passe de 3 e existam mais de 50 funcionários, é preciso ter pessoas dedicadas a técnicas de segurança. Lodetti orienta que as empresas devem eliminar os riscos. “A falta de proteção nas máquinas e equipamentos ainda gera 60% dos acidentes”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra: