"Nunca tive uma oportunidade como essa. Estou aproveitando cada segundo do curso oferecido pela Afasc, deste passeio maravilhoso do Circuito Cultural, e de poder passar para a minha neta o que estou aprendendo nas aulas de artesanato", com estas palavras Marina (nome fictício) ressaltou sua gratidão pela oportunidade de voltar a ter uma vida normal após cumprir sua pena. Ela participa de um dos 141 clubes de mães da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (AFASC).
Também emocionada Carla (nome fictício) falou, durante o Circuito que integra passeios à Mina de Visitação Octávio Fontana e aos parques municipais, que há algum tempo não se sentia tão feliz. "Agradeço, em nome de todas as participantes, a maneira com que fomos tratadas, a recepção da equipe da Afasc, o carinho e a dedicação da nossa monitora, e a todos que nos oportunizaram esse momento. Estamos buscando nos ressocializar e este contato nos fez perceber que há vida após o erro".
A monitora do grupo, Rosangela Pedro, afirmou que as participantes tem desenvolvido materiais surpreendentes. "Tivemos 45 dias de aulas de macramê e elas já estão produzindo bolsas, cortinas e, inclusive, ensinando membros da família. Cada uma demonstra interesse e aptidão para uma área do artesanato, mas todas apresentam criatividade e tem se dedicado muito para aprender", avaliou.
Levar o curso à penitenciária foi um projeto apresentado para a nossa presidente de honra, Adriana Salvaro, e para a presidente do Conselho Administrativo da Afasc, Robinalva Ferreira, e aceito de pronto, pois nosso propósito é levar às mulheres, independente de sua situação, uma oportunidade. Estamos acompanhando os trabalhos executados e observamos que elas tem aproveitado ao máximo todos os ensinamentos", assinalou a coordenadora dos clubes de mães da Afasc, Nézia Pereira.
Circuito Cultural
O projeto, iniciado em junho, já contou com a participação de centenas de mães. É um roteiro cheio de alegria e que traz conhecimento sobre a história da mineração e da cidade. São encontros realizados na Mina de Visitação Octávio Fontana, Parque Altair Guidi, Parque dos Imigrantes e Parque das Nações.
A proposta terá uma pausa de duas semanas, mas os trabalhos seguem com capacitação para as monitoras e organização das atividades que estão por vir.