O volume expressivo de chuva nos últimos dias trouxe inúmeros prejuízos à população e, inclusive, gerou preocupações pela alta quantidade de água acumulada. Alguns municípios da região, como Criciúma e Forquilhinha, estão em situação de alerta. Famílias precisaram ser retiradas de suas casas em virtude das cheias. Mas, o que chama atenção, é que agosto, historicamente, é um mês marcado por enchentes.
Segundo o climatologista Márcio Sônego, ao longo da história, há registros de enchentes neste mês. "Tomando por base a Estação de Urussanga, que é a mais longeva da região e a segunda mais antiga do estado, são 11 situações de cheias em agosto em função da passagem de um ciclone: 1928, 1937, 1940, 1965, 1977, 1983, 1987, 2005, 2011, 2013 e, agora, 2022. Então, não é novidade", comenta.
No último registro, antes deste ano, em 2013, foram atingidos 416,7 milímetros de precipitação no acumulado. "Neste agosto, já choveu 190mm em Urussanga e 167mm em Criciúma, entrando na lista de enchentes por passagem de ciclone", ressalta Sônego. "Por isso, não é mudança climática, é uma situação recorrente do mês. E quanto mais o tempo passa, as cidades crescem e a ocupação urbana aumenta, mesmo com a mesma chuva de outrora, haverá prejuizos à sociedade", finaliza.