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Água: Os planos de Bacias do Sul

Estudos detalhados para apuração da real condição das águas são importantes para nortear futuras políticas

Por Vanessa Amando Criciúma, SC, 22/03/2019 - 14:57
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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A gestão dos recursos hídricos compreende três documentos básicos: o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), o Plano Estadual – já citado – e o Plano de Recursos das Bacias Hidrográficas. Em meados de junho do ano passado, o Governo do Estado lançou o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Urussanga, o qual ainda está sendo elaborado pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e conta com investimento do Governo de Santa Catarina no valor de R$ 1,2 milhão.

Já o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Araranguá foi lançado em 2015. Ele apresenta um panorama dos principais usos dos recursos hídricos e a disponibilidade, apontando, ainda, as condições de atendimento para os seus diversos usos. A assessora técnica do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, Michele Pereira Da Silva, explica que o Plano Estadual apontou que, já em 2019, a Bacia do Rio Araranguá não tem suficiência de água para atender a demanda dos setores que mais a utilizam.

“A agricultura, principalmente na irrigação, a indústria e o abastecimento humano. Esses são os três setores que mais utilizam os recursos hídricos da Bacia do Rio Araranguá. Ao mesmo tempo, são os três setores que mais causam poluição, como constatou o Plano da Bacia do Rio Araranguá. Esse é um alerta importante sobre a quantidade de água disponível na nossa região, mas também sobre a qualidade”, destaca.

O abastecimento humano é um tipo de uso, o industrial é outro e para a irrigação também é distinto. A Política Nacional de Recursos Hídricos prevê a prioridade de abastecimento para uso humano. “O que mais causa impacto na nossa Bacia é a quantidade, mas a qualidade também deixa a desejar. Sem qualidade na água suficiente para consumo humano, as concessionárias que administram a distribuição não podem fazer a captação e precisam buscar isso em locais com água de qualidade, o que está ficando cada vez mais difícil”, alerta Michele.

Curto, médio e longo prazo

Ela recorda que o documento também propôs ações de curto, médio e longo prazo que devem ser colocadas em prática para minimizar a situação ruim da Bacia do Rio Araranguá, como a instalação de barragens em alguns rios, a redução no uso para a agricultura – principalmente na irrigação – e ações de conscientização junto à população.

Neste ano, o Comitê está desenvolvendo ações para capacitar e conscientizar as pessoas, buscando profissionais de fora para trabalhar a questão dos conflitos de uso da água, pois os Planos que foram lançados mostraram que existem muito mais setores e usuários do que a capacidade que a Bacia possui para atender.

“Por isso é tão importante que as pessoas estejam conscientes e o Poder Público e as forças políticas mobilizadas a fim de reconhecermos a importância da água. É um recurso que todos precisam ter acesso, inclusive o Meio Ambiente. A natureza também depende da água para manter a sua biodiversidade, não podemos pensar na água só para o consumo humano”, conclui Michele.

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