A esperança nas vacinas contra a Covid-19 e o avanço de ato de sustação das multas de trânsito aplicadas pela PMSC contra manifestantes em Lages foram os destaques da sessão de quarta-feira, 9, da Assembleia Legislativa.
Doutor Vicente Caropreso (PSDB) relevou a parada técnica na vacina produzida pela Astrazeneca/Oxford em função da reação grave em um dos voluntários. “Reações são previstas nessa fase de verificação de vacina e depois na vacinação em massa, não é de se alarmar que isso tenha acontecido”, afirmou Caropreso, acrescentando que “estamos em uma guerra de informação e contrainformação que está deixando as pessoas incrédulas quanto ao melhor método de prevenção”.
O deputado lembrou que as vacinas debelaram doenças como sarampo, varíola, tétano e coqueluche e lamentou que fake news, ações dos anti-vacinas e até de dirigentes dos países aumentem o contingente daqueles que rejeitam vacinar-se contra a Covid-19.
Luciane Carminatti (PT) apoiou Caropreso. “Brilhante reflexão que meu colega deputado fez, são 130 mil mortes que poderiam ter sido evitadas, no passado muitos milhares de brasileiros morriam por outras doenças que, graças à ciência, à investigação e ao trabalho contínuo de pesquisadores, foram reduzidas. Não podemos menosprezar a importância das vacinas”, advertiu a representante de Chapecó.
Já o deputado Maurício Eskudlark (PL) declarou apoio ao projeto de sustação de ato apresentado por Carminatti contra as multas aplicadas pela Polícia Militar a manifestantes na chamada Princesa da Serra. “Tivemos em Lages um policial que foi denunciado por invadir a residência das vizinhas. Não podemos compactuar com abuso e neste caso é evidente o abuso, tem de ter apuração. As mulheres fizeram uma manifestação, um buzinaço, e mais de 400 veículos foram multados, isso é um absurdo, tem de apurar de quem foi a iniciativa das multas e responsabilizar todos os que participaram”, reagiu Eskudlark.
Recursos para a assistência social
Carminatti relatou reunião com o governador, secretários da Fazenda e da Assistência Social, dirigentes e técnicos da Fecam para tratar do financiamento dos centros de referência de assistência social (Cras) e dos centros de referência especializado de assistência social (Creas), objeto de emendas do deputado Altair Silva (PP), de R$ 12 mi, e de Carminatti, de R$ 30 mi.
“Ontem tivemos a boa notícia de mais duas parcelas de R$ 7,5 mi em novembro e dezembro, para quem tinha R$ 17 mi, chegar a R$ 53 mi é preciso reconhecer que houve empenho para elevar este montante”, ponderou Carminatti.
Segundo a parlamentar, o custo mensal de uma unidade do Cras é de R$ 35 mil, sendo que os municípios atualmente entram com 65% dos recursos, cerca de R$ 21 mil. “Nossa luta é para chegar a 33% da União, 33% do estado e 33% dos municípios”, informou, acrescentando que para 2021 a projeção é de que os repasses sejam mensais e pagos fundo a fundo.
Recuperação baseada no agronegócio
Maurício Eskudlark advogou que a recuperação econômica em Santa Catarina e no Brasil será sustentada pelo agronegócio. “Temos orgulho do trabalhador do agronegócio e da importância que representamos para o mundo, mais que petróleo, o importante é produzir alimentos”, garantiu Eskudlark. “Estamos competindo com o mundo todo e ajudando a alimentar o mundo todo”, avaliou Sopelsa, que destacou o fato do ministro Paulo Guedes atribuir ao agronegócio o abrandamento da queda do PIB provocada pela pandemia.
Liberação de eventos
Fabiano da Luz ressaltou a situação crítica que enfrentam empresários e trabalhadores ligados ao setor de eventos, paralisado desde 19 de março. “A pandemia mexeu com o mundo e está mexendo com a vida e estômago de todo mundo”, reconheceu Fabiano, que sugeriu discutir a liberação de pequenos eventos.
“Realmente é uma situação muito difícil, nós que somos do Sul temos muita informação sobre o assunto. Tivemos audiência com a vigilância sanitária e é bem provável que até o final do mês deve ter decreto liberando de forma gradativa alguns eventos, como festas e casamentos”, anunciou Rodrigo Minotto (PDT).