Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, a deputada federal, Carla Zambelli (PSL-SP), comentou a entrevista que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro concedeu ao Fantástico, da Rede Globo nesse domingo, 24.
Durante a entrevista, a parlamentar cita a Polícia Federal, que entrou no foco dos debates devido à possível interferência por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), denunciada por Moro ao deixar o ministério. “Olhem as últimas investigações da Polícia Federal. ele (Bolsonaro) tem esta preocupação para que o dinheiro público não seja desviado para o mau. Alguns governadores estão sendo investigados pela Polícia Federal”, falou.
Lembrando que nesse assunto, se encaixa o Governo de Santa Catarina na compra dos 200 respiradores da Veigamed, que custaram R$ 33 milhões pagos de forma antecipada e que desencadeou a Operação Oxigênio (O2). Entre os desdobramentos, está a queda de dois secretários (Helton Zeferino, da Saúde e Douglas Borba, da Casa Civil), além de uma CPI na Alesc e pedidos de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL).
Carla Zambelli é a deputada que teve as conversar com o ex-ministro via Whatsapp divulgadas na época em que ele pediu exoneração do cargo e fez as denúncias contra Bolsonaro. Ela, que inclusive tem Moro como seu padrinho de casamento falou à Rádio Gaúcha que a investigação de Moro enquanto juiz era seletiva. “Quando estava como juiz o único preso fora do PT foi o Eduardo Cunha (MDB), enfatizou a parlamentar citando que, para ela, Sergio Moro protegia o PSDB. “Não sei se vai ser candidato pelo PSDB ou pelo Podemos do Álvaro Dias. Eu acho que ele tinha predileção em investigar e condenar o PT. Legitimamente. Não estou dizendo que não é ilegítima a condenação”, relatou.