O Presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, fez um pronunciamento de fim do ano na noite desse sábado (31). Senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Mourão é presidente porque Jair Bolsonaro viajou para Flórida nesta sexta-feira (30) e não deve entregar a faixa presidencial.
Ele utilizou os oito minutos do discurso para lembrar alguns feitos dos últimos quatro anos. “O governo que ora termina, fez entregas na economia, avanço da digitalização da gestão pública, regulamentação da tecnologia da informação, privatização de estatais”.
Também falou sobre a luta que o governo teve contra a Covid-19, citando que houve apoio a governo estaduais e municipais com recursos, médico e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica do político.
Mas não foram só coisas boas citadas pelo discurso do Mourão, ele também relembrou alguns percalços que tiveram. “Na área ambiental, apesar de reduções no desmatamento na Amazônia, a região necessita de muito trabalho e cuidados específicos, engajando a elite e comunidades locais”, disse o presidente.
Desde o resultado negativo à tentativa de reeleição de Bolsonaro, manifestantes estão nos quartéis protestando e alegando fraude nas urnas. Mourão também aproveitou para falar sobre isso.
“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio criasse um clima de caos e desagregação social, deixando de forma irresponsável as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros fomentar um pretenso golpe”, disse.
E para finalizar, o presidente em exercício ainda falou do novo governo que assume neste dia 1° de janeiro. “Mudaremos de governo, mas não de regime, manteremos nosso caráter democrático, com poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior transparência e confiabilidade”, falou Mourão.