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Apae quer construir residência inclusiva em Cocal do Sul

Programa ofertará Serviço de Acolhimento Institucional para jovens e adultos com deficiência em situação de dependência

Por Redação Cocal do Sul, SC, 22/02/2022 - 21:34 Atualizado em 22/02/2022 - 22:09
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Programa ofertaria Serviço de Acolhimento Institucional, para jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, que não disponham de condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar

Um projeto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cocal do Sul, visa a criação de uma Residência Inclusiva no município. Carinhosamente chamado de Casa Lar, o programa oferecerá Serviço de Acolhimento Institucional, para jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, que não disponham de condições de autossustentabilidade ou de cuidado familiar.

"A Residência Inclusiva tem o propósito de romper com a prática do isolamento, proporcionar um lar para aquela pessoa que ficou sem familiares para assumirem essa responsabilidade, ou para aquelas famílias que não conseguem ficar com a pessoa deficiente permanentemente, precisando assim de um espaço seguro que favoreça o convívio comunitário ou familiar", explica a diretora da Apae Cocal do Sul, Rosiclei Pior Viola.

O projeto seria novidade na região. Hoje, pessoas com qualquer deficiência que percam seus cuidadores primários e não possuam qualquer outro tipo de auxílio e cuidado, ficam a mercê de instituições que muitas vezes não têm o preparo ideal para o atendimento às suas condições de saúde. Para Maria Augusta Domingues, que é mãe de um rapaz de 24 anos, aluno da Apae que necessita de cuidados especiais, o projeto tem uma grande importância. "A gente não sabe do futuro. É muito importante saber que poderá ter alguém para oferecer esse cuidado se for preciso", declara.

Segundo a diretora da Apae, uma das principais regras da Casa Lar, é que apenas pessoas atendidas pela escola poderiam usufruir dos serviços da residência e caberia sempre à justiça determinar o encaminhamento da pessoa para o lar de acolhimento. "Em casos em que há cuidadores, mas eles não podem ficar com a pessoa em tempo integral, o aluno vem para a Apae em um período, mas no outro não tem quem cuide, a Casa poderia fazer esse acolhimento", exemplifica Rosi sobre mais uma possibilidade de atendimento do projeto.

A família, quando existente, deve estar presente. "Não é uma Casa Lar para internação. É um espaço de acolhimento para um final de semana ou para o horário em que os pais trabalharem ou precisarem desse apoio. A família tem que ter a participação dela no dia a dia desse indivíduo. A convivência familiar é muito importante", lembra Rosi.

Para Izabel Melo de Lima, de 63 anos, que há 11, cuida sozinha do irmão com deficiência de 62 anos, o projeto é um alívio. "Desde a primeira reunião sobre o assunto que estou acompanhando, pois para mim será ótimo. Deus me livre de acontecer alguma coisa comigo, mas caso aconteça ele terá um amparo. Eu tenho filhas, mas cada uma tem sua vida e rotina e elas não tem obrigação de cuidar", conta, destacando que seu irmão é solteiro e nunca teve filhos.

Estrutura oferecida

A casa lar seria uma residência adaptada, com estrutura física adequada, localizada em área residencial na comunidade, no caso, próximo a APAE para poder contar com a equipe especializada da Instituição e metodologia adequada para prestar atendimento personalizado e qualificado, proporcionando cuidado e atenção às necessidades individuais e coletivas. Assistentes sociais, psicólogas, fisioterapeutas, pedagogas, advogadas e outros profissionais dariam suporte a esse serviço de acolhimento que tem como finalidade propiciar a construção progressiva da autonomia e do protagonismo no desenvolvimento das atividades da vida diária, a participação social e comunitária e o fortalecimento dos vínculos familiares com vistas à reintegração e convivência.

Construção e manutenção do espaço

Para a construção do espaço, a prefeitura de Cocal do Sul, cederia um terreno próximo a Apae e a estrutura seria erguida com recursos adquiridos pela escola por meio de projetos junto aos órgãos e programas do governo. Sobre os custos de manutenção, a diretora explica que a Casa Lar seria da Apae, mas teria os próprios convênios para custeio. "Seria um programa administrado pela Apae, mas com seus próprios projetos e convênios governamentais para manutenção", destaca.

Aprovação para execução do projeto

O projeto da Casa Lar já foi apresentado para os pais e colaboradores que estiveram presentes nas últimas reuniões da escola, e agora, dependem da aprovação final da diretoria e conselho. Para isso, uma reunião será realizada nesta quarta-feira (23) na instituição, onde a diretoria votará pela execução ou não do novo espaço. Para ser aprovado é necessário o voto positivo de 50% mais um dos membros.

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