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Apoio e carinho, ajudas contra o câncer

Carla, Sheila e Luiza, cada qual cumprindo seu papel, são exemplos de luta pela vida

Por Francieli Oliveira Criciúma, SC, 27/08/2018 - 08:05
Daniel Búrigo / A Tribuna
Daniel Búrigo / A Tribuna

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Poucas lutas são tão determinantes do estado de espírito como a batalha para vencer o câncer. É preciso estar muito forte para encarar um inimigo invisível, implacável, e saber de caminhos tão imprevisíveis quanto tortuosos, e invariavelmente uma luta que mexe com a vida de tantos que se envolvem diretamente com quem sofre. De mais a mais, é saber que se está diante de uma doença cujo fim a Medicina ainda estuda, com reconhecidas dificuldades.

É aqui que se unem Carla, a paciente, Sheila, a psicóloga, e Luiza, a médica. São diferentes perspectivas da mesma causa e efeito. Quem sofre com a doença como uma importante e grave variável do seu corpo, perante uma profissional que estuda a mente e outra que gerenciará todo o tratamento. Esperanças, sentimentos e mistérios que se entrelaçam numa relação que, em geral, vai além de friezas e formalidades de consultórios. Muito além.

Assim, da paciente vinda recentemente de um casamento, passando por quem atua na área e lida com este, como tantos e tantos casos que se multiplicam diariamente e que precisam estar preparadas para isso, é que expomos um rumo para lidar com a doença. E tentar, com força, vencê-la.

Daniel Búrigo / A Tribuna

O impacto da notícia

A descoberta do câncer não afeta somente o paciente, mas todos ao redor. Nessas horas, vêm as dúvidas de como agir, como apoiar, como demonstrar todo o apoio e carinho. Esses sentimentos são importantes no processo de tratamento e da busca pela cura.

“Carla, estamos diante de um caso de câncer de mama”, avisou a médica Beatriz Althoff Rocha. “Meu Deus, como assim? Vamos repetir esta biópsia, doutora, porque não pode estar certo isso”. Foi a pronta resposta de Carla Wieira Matos, 35 anos. “Mas sim, estava”. As memórias de Carla a levam àquele momento traumático. Difícil. De se colocar diante da doença.

“O momento do diagnóstico foi para mim o pior momento”, reconheceu Carla. “Nesse momento o doente se sente inseguro, cria muitas fantasias em que se imagina sem forças, sem coragem, não sabe o que realmente vai acontecer com ele e precisa dessa base para se apoiar”, conta a psicóloga Sheila Marquadt.

Ela explica também que, em primeiro lugar, é preciso respeitar a dor do paciente, lembrando que ele é a primeira vítima da situação. “Não é a única, claro, a família também sofre, mas quem precisa de suporte naquele primeiro momento é o paciente para que possa lidar no enfrentamento da doença”.

Uma dica importante que Sheila repassa é que o familiar pode ser importantíssimo nesse processo de reestruturação e adaptação necessária do paciente. Por exemplo, “se é a pessoa que fazia as compras no supermercado, quem é que estará fazendo essa parte?”. “Deve-se observar que o paciente não deve se sentir inutilizado, por isso é interessante fazer uma troca por uma atividade que ele possa fazer”, observa.

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