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Após 20 dias sedada, pediatra recebe alta nesta segunda-feira

Clarissa Ines Almeida, de 63 anos, teve Covid-19 confirmado no dia 20 de março e permaneceu semanas na UTI

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 20/04/2020 - 09:41 Atualizado em 20/04/2020 - 11:23
Foto: Arquivo / Divulgação
Foto: Arquivo / Divulgação

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A voz embargada e frágil da pediatra Clarissa Ines Almeida, 63 anos, evidencia a luta de um mês contra a Covid-19. Três dias após sentir os primeiros sintomas, a vice-presidente da Unimed recebeu o diagnóstico positivo no dia 20 de março e, a partir daí, viveu uma rotina intensa de hospital. Internação, UTI, falta de ar, tubo. A alta veio nesta segunda-feira, um mês após ter sido internada. 

Em entrevista à Rádio Som Maior nesta segunda, Clarissa se emocionou ao contar seus últimos 30 dias. Ela relata que não se lembra de muita coisa, pois passou grande parte sedada, mas começa a assimilar a gravidade do que aconteceu. Agora, ela terá pela frente uma nova fase: mais 15 dias de isolamento e pelo menos um mês de recuperação respiratória.

"A previsão é de receber alta hoje, esperamos que continue. Estou cansada, ainda com dificuldades. Tu apaga quando estás na UTI, mas quando tu começas a ter lembranças, vê a gravidade do quadro que passou", lembra Clarissa. Ela agradece a equipe do Hospital da Unimed, onde esteve internada, e reforçou os cuidados que a população deve ter contra o vírus. 

"Tenho gratidão eterna por essa equipe fantástica do hospital Unimed, de todos, desde os médicos intensivistas, enfermeiros, fisioterapeutas. Tenho muito orgulho dessa equipe maravilhosa. Queria alertar a população que não está acreditando muito e que não se cuida. Eu só me salvei porque eu tive um leito de UTI. Se todo mundo ficar doente ao mesmo tempo, não vai ter leito para todos. O pessoal tem que continuar fazendo o isolamento, mantendo o distanciamento e se cuidando".

Clarissa acredita que tenha sido contaminada pelo coronavírus em uma reunião com o corpo médico para determinar as ações contra a Covid-19, no dia 16 de março. Ela relata que não esteve fora da cidade e nem em contato com alguém que tivesse viajado nos últimos dias antes de ser contaminada. No dia 17 teve os primeiros sintomas, que não incluíram febre alta e nem falta de ar e, quando recebeu o diagnóstico, já estava com problemas no pulmão.

"Eu comecei com os primeiros sintomas na terça-feira, dia 17, e logo desconfiei do corona. colhi o exame e fiquei durante três ou quatro dias em casa somente com sintomas de diarreia, dor no corpo, indisposição e pouca coisa de febre. Na sexta saiu o resultado, fui para o hospital, fiz a tomografia e estava com mais de 25% do pulmão tomado. Não tinha tosse e ainda não tinha falta de ar. É um vírus que atinge vários órgãos e se apresenta de várias formas", alerta a médica. 

Agora, Clarissa permanecerá 15 dias isolada em casa e passará por fisioterapia para recuperar a capacidade respiratória.

 

Tags: coronavírus

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