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Após operação da PF, Bolsonaro critica: "Ordens absurdas não se cumprem"

Em pronunciamento acalorado, presidente reprovou ação da polícia dois dias após elogiar ação na casa da Witsel

Por Guilherme Nuernberg Brasília - DF, 28/05/2020 - 11:33 Atualizado em 28/05/2020 - 11:34
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

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"Ontem foi mais um dia triste na nossa história, mas foi o último dia triste". Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro iniciou seu pronunciamento na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira, 28. O presidente criticou o inquerito do Supremo Tribunal Federal que apura a disseminação de notícias falsas nas redes sociais.

Após parabenizar a ação da Polícia Federal na ação em que realizou buscas na residência do governador do Rio de Janeiro Wilson Witsel, o presidente criticou a atuação do órgão nos 29 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF. "Invadir casas de pessoas inocentes, submetendo a humilhações diantes de esposas e filhos é inadimissível", apontou. "A Políca Federal estava cumprindo ordens, nunca tive a intenção de controlar a PF, pelo menos isso serviu para mostrar, mas obviamente ordens absurdas não se cumprem. Temos que colocar limite nessas questões", afirmou Bolsonaro.

Em seu pronunciamento, o presidente afirmou que o Gabinete do Ódio não existe. "Uns idiotas inventaram esse Gabinete do Ódio, outros imbecis publicaram matéria nesse respeito e agora há julgamento em cima disso", declarou. "Não existe pessoa mais achincalhada e humilhada nas redes sociais do que eu e nem por isso levantei um só palavra no sentido de controlar quem quer que seja", queixou-se.

"Ninguém mais do que eu tem demonstrado compromisso com a democracia e com a liberdade, agora, as coisas tem um limite. Ontem foi o último dia. Nós respeitamos e não podemos falar em democracia sem um Judiciário e Legislativo independentes para que possam tomar decisões. Que as questões que interessam o povo que tomem de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou p****! Não da para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase pessoal certas ações", esbravejou o presidente. "Quando alguém disvirtua no meu meio, eu demito. Do outro lado, quando alguém se disvirtua, já que não se pode demitir, que os outros o procurem e façam a voltar a ser humilde", recomendou.

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