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Após vazamento de informações, empresa desiste de se instalar em Morro da Fumaça

Sigilo estava previsto em ofício enviado à Câmara de Vereadores do município

Por Stefanie Machado Morro da Fumaça (SC), 25/05/2022 - 11:30 Atualizado em 25/05/2022 - 11:39
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Uma empresa do ramo químico, que havia pedido sigilo de sua identidade, desistiu de se instalar no distrito industrial de Morro da Fumaça após vazamentos de informações. O sigilo estava previsto, inclusive, em ofício enviado à Câmara de Vereadores pela Administração Municipal. O projeto foi acompanhado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico do município e, posteriormente, protocolado e encaminhado ao Legislativo em 9 de maio. 

"Estamos tratando há quase seis meses a vinda dessa empresa. Quem é da iniciativa privada sabe como as coisas devem acontecer. O empresário gosta de sigilo. Estávamos tratando com muito cuidado sobre a vinda da empresa junto com o Conselho de Desenvolvimento Econômico, que tratou das informações da empresa, visitou o empresário, tirou dúvidas, conversou", explica o vice-prefeito de Morro da Fumaça, Eduardo Guollo, que era prefeito interino à época em que o projeto foi protocolado. 

Devido à quebra de sigilo, o proprietário da empresa tomou a decisão de não transferir a unidade, atualmente localizada em Içara, para Morro da Fumaça. "Houve um descontentamento por parte da empresa sim. O dono da empresa ficou muito descontente pela forma como ele foi abordado e como fizeram a visita na empresa dele. Ainda, na última semana, eu e o prefeito Noi Coral tentamos reverter a situação", comenta. Contudo, o empresário manteve seu posicionamento.

Ainda conforme Guollo, após a desistência, a empresa optou por se instalar em outro município. "Uma empresa referência no ramo em que atua. Com certeza seria um diferencial muito grande para morro da Fumaça, para nossa área industrial", lamenta o vice-prefeito. 

Posicionamento da Câmara de Vereadores 

De acordo com o presidente da Câmara de Vereadores do município, Robson Francisconi, foi recebido um projeto de lei solicitando cinco lotes da área industrial da cidade, equivalente há R$ 1.5 milhão em patrimônio. "Dia 10 de maio já veio o requerimento com pedido de urgência. Acho que os vereadores deveriam um tempo a mais para analisar o projeto e verificar qual empresa era", comenta. Os vereadores visitaram a empresa e conversaram com o proprietário, que forneceu informações sobre a indústria.

"É o nosso dever enquanto vereador, não podemos dar um voto a favorável da concessão de terras sem saber qual empresa está vindo para o município. Depois que a gente dá o voto favorável, nós é que somos cobrados", enfatiza Francisconi.

Segundo o vereador, os dados da empresa devem ser de conhecimento da população. "Um projeto de lei é público, como a população não pode saber dos números dessa empresa? [...] Ela quer 1.5 milhão de patrimônio em nosso município e eu não posso tratar sobre isso com a população?", questiona.

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