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Arlindo Rocha propõe Tarifa Zero para o transporte coletivo de Criciúma

Pré-candidato foi o quinto em uma série de entrevistas do Programa Adelor Lessa

Por Vitor Ávila 15/07/2024 - 10:40 Atualizado em 15/07/2024 - 10:42
Foto: Renan Medeiros
Foto: Renan Medeiros

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O Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior está fazendo uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Criciúma. Nesta segunda-feira (15), Arlindo Rocha (PT) respondeu perguntas pertinentes à cidade, entre elas destacou a proposta de tarifa zero no transporte coletivo da cidade.

"Quem usa o transporte público que nós estamos propondo a gratuidade, são as pessoas pobres. São as pessoas que não têm força política, são as pessoas que não têm voz. Eu acho que essa parte da população não tem representação política mesmo, então nós estamos propondo transporte gratuito assim como Forquilhinha fez e o reflexo positivo dele é imediato", ressaltou Rocha.

Ouça a entrevista completa:
 


Confira o que respondeu o pré-candidato:

Adelor Lessa: "Arlindo Rocha, o que tem chamado a atenção até agora? O que que mudou tua percepção de quando começou a campanha? Tu tinha uma ideia do que seria a campanha e hoje, com a tua avaliação, o que que mudou?"


"Olha, o que eu tenho visto são duas frentes, né, uma candidatura do atual prefeito, outra candidatura do governador e duas candidaturas usando todo o poderio das máquinas administrativas de uma maneira muito forte, potencializada e isso aumenta o nosso trabalho, a nossa responsabilidade. Acredito que será uma campanha muito disputada e uma eleição apertada"

Maga Stopassoli: "Tem um anúncio seu na rede social falando sobre a compra de consultas e cirurgias da iniciativa privada para resolver a questão da saúde em Criciúma, a fila, que é uma fila que o senhor menciona no vídeo que tem mais de 20 mil pessoas. Eu gostaria de entender como o senhor faria isso pela questão financeira, no fluxo de caixa da prefeitura. Qual seria o tamanho do impacto disso e como seria resolvido?"

"São dois viés, viu, Maga. Uma é aquela saúde constante que deve ser feita e isso deve ser muito fortalecido através do SUS e nós vemos a importância do SUS e como ele funciona bem pela nossa experiência na pandemia. O segundo é essa fila que ela se acumula, tempos em tempos. É a demanda que nós temos que, eu diria, absorver, que dar jeito nela. Eu não vejo outra maneira a não ser comprar esses procedimentos quando o município precisa fazer uma estrada, ele usa dos seus funcionários? Não ele vai lá e contrata uma empreiteira. Precisa fazer um projeto, ele também compra e assim por diante. Ou seja, você tem um corpo de servidores públicos que atende a demanda, mas quando essa demanda excede, você tem que buscar através do caixa do município, de emendas parlamentares, ou se for o caso, até financiamento. Devolução da Câmara de Vereadores também é um outro instrumento que pode ser aplicada para isso. Se fosse só consultas, 20 mil pessoas aí, numa média de 200 reais a consulta, com 4 milhões você resolveria essa fila. Mas a questão de meses, você já tem essa fila novamente. Então, é uma verba que você precisa buscar constantemente, talvez duas ou três vezes ao ano para zerar essa fila. Agora, precisa avaliar também os outros procedimentos, cirurgias, próteses que precisa. Isso tem um valor muito maior, mas ela precisa ser resolvida. O que não dá é para deixar, como estão aí números de 20 mil pessoas, eu até cito, exemplificando que é o estádio do Criciúma completamente lotado de pessoas sofrendo, chorando, e talvez até morrendo por falta de tratamento, por falta de uma cirurgia. Por que isso acontece? Porque essas pessoas não têm dinheiro. Porque as pessoas que têm dinheiro, que fazem opinião pública e que fazem, que administram a política, têm os seus planos de saúde. Isso precisa ser resolvido com dinheiro, não tem outra maneira. E aí eu elenco essas situações, caixa do município, emendas parlamentares, financiamentos e devoluções da Câmara de Vereadores"

Adelor Lessa: Transporte coletivo, como é que resolve?

"Tarifa zero,  Adelor, como que fala assim, vai pagar consultas, vai comprar consultas, vai comprar procedimentos, vai fazer o transporte coletivo gratuito, como? Parece que esse caixa tem limite, dinheiro público tem limite, às vezes muito apertado. Você vai fazer isso, essas alternativas que eu estou propondo nessa pré-campanha, eliminando os cargos comissionados. Nós temos mais de mil cargos comissionados no município. Esses cargos, muitas vezes, e eu até dou a mão para o Amatória, porque nós temos muitos profissionais competentes em cargos comissionados e que ajudam também a tocar o município. Mas a sua maioria não são com essa finalidade. São de fazer máquina política para a próxima eleição, principalmente aliado aos vereadores. Muitos vereadores com vários cargos comissionados no município de Curitiba para garantir o seu apoio político e para garantir o projeto da próxima e da próxima e da próxima eleição. Aliás, essa eleição em Criciúma deste ano não está se discutindo o futuro de Criciúma, está se discutindo a eleição de 2026. E vou apontar o dedo aqui na ferida. O que o governador quer tanto com essa eleição em Criciúma? Se não é eliminar um foco de uma grande liderança a nível estadual, que é o atual pprefeito Clésio Salvaro. Ele vem aqui, dá entrevista coletiva, não sabe nem se existe o Hospital Santa Catarina. Ou seja, estão de olho já na eleição de 2026 e Criciúma infelizmente está sendo moeda de troca"

Maga Stopassoli: "Quem disputa e quem vence a eleição nunca está de olho na eleição estadual do próximo pleito ou para candidato?"

"Depende, depende. Eu tenho posição muito firme e já provei isso, que sou contra o instituto da reeleição. E vou mais além afirmo que a reeleição é a mãe de todas as corrupções. Não dá para você fazer gestão e campanha ao mesmo tempo, isso é impossível. Ele começa a misturar a máquina pública, o dinheiro público, a estrutura pública para a próxima eleição. Eu entendo que não. O trabalho precisa ser feito com base no mandato, naquele mandato e sem reeleição. Não fui candidato à reeleição quando era prefeito de Maracajá. Fiquei muito triste por isso, coração partido, mas precisei ser coerente. Acho que não dá para fazer reeleição. E é o que nós estamos vendo hoje no município de Criciúma. Uma máquina municipal totalmente voltada para a eleição. Tanto é que coloca candidato, troca candidato" 

Adelor Lessa:  "O senhor entrou aqui dizendo, estou esperando o debate, estou pelo debate. Ou seja, o senhor está esperando o tempo para fazer o contraponto com outros candidatos. Com quais? Que contraponto? Por que o senhor está tão ansioso pelo debate?"

"Eu acho que o eleitor vai poder distinguir muito bem entre aquele que quer fazer gestão, que está preocupado com os problemas do município, com aquele que quer fazer campanha eleitoral, time para a próxima eleição, dizendo apenas manter o poder. Adelor, os orçamentos de Criciúma são quase 2 bilhões de reais. É muito dinheiro, é muita riqueza para deixar 20 mil pessoas chorando doente na fila. Não dá para fazer isso parece que estão invertendo aqui as prioridades. Nós tivemos situações aí, por exemplo, empresa fechando. Quando eu vejo a marca Cecrisa sendo apagada dos nossos negócios da região, eu vejo uma perda muito grande. Quando eu vejo uma parte do Parque Cerâmico sendo transferido para São Paulo, quando eu vejo todo esse problema que nós temos da transição energética e com pouca discussão, sem a gestão pública envolvida nisso, e às vezes até maquiando, escondendo, eu fico preocupado. Eu acho que Criciúma precisa reestabelecer a força política que nós temos como cidade polo entre duas capitais. Não só na questão de negócios, de investimentos, de política, de saúde e assim por diante. Criciúma precisa reestabelecer isso. Nós temos um grande instrumento político aqui de união de forças que é a nossa REC. Ela está partida, ela está esvazelada apenas por vaidades e por negócios políticos. Isso não pode acontecer"

Maga Stopassoli: "Por que as soluções para essas questões só aparecem em tempo de campanha? Ninguém quer fazer nada nesse momento, porque ninguém está fazendo nada, por que agora todo mundo tem a solução? Por que não foi feito antes?"

"Porque quem usa o quem usa o transporte público que nós estamos propondo a gratuidade, são as pessoas pobres. São as pessoas que não têm força política, são as pessoas que não têm voz. Olha, eu reafirmo novamente. Eu acho que essa parte da população não tem representação política mesmo viu então nós estamos propondo transporte gratuito assim como Forquilhinha fez e o reflexo positivo dele é imediato porque você deixa de retirar 6% do salário do trabalhador você deixa de tirar esse custo também das empresas e você começa a criar uma nova, eu diria assim, uma nova cultura as pessoas valorizarem, usarem o transporte coletivo, passearem não é só estudantes nós temos belos parques feitos aí as pessoas vão começar a, eu diria, a circular, a aproveitar você não vê as pessoas pobres caminhando nos parques não você vê as pessoas que tem um certo poder econômico as pessoas pobres estão lá nos bairros e lá nos bairros não tem parque muito pelo contrário, eles não têm nem dinheiro para vir de ônibus e quando tem o dinheiro ainda não podem vir de ônibus"

Adelor Lessa: "o senhor tem a ideia de transporte gratuito a prefeitura paga a conta e paga a conta mesmo com o serviço concessionado com concessão ou estatiza, a prefeitura passa a ter os ônibus e operar o transporte?"

"Você pode fazer um aditivo na lei de concessão ou você pode estatizar, você pode trazer de volta e fazer uma nova concessão mediante condição, ou seja, é uma questão a discutir e a negociar da mesma forma a Casam, até agora se você me perguntar aqui eu vou tocar nesse assunto a Casan, hoje nós podemos ter metade da tarifa em Criciúma no ano de 2018 se eu não me engano foi 2018 nós realizamos um estudo, o município de Nova Veneza, o município de Crescima e o município de Maracajá o município de Crescima, naquela época sobrava mais de 5 milhões de reais mensais o que que ocorreu? nós estávamos estudando para fazer uma Samae nos três municípios e isso iria baratear 50% do valor da tarifa o que que aconteceu? o prefeito de Criciúma foi até a Casan com aquele estudo barganhou alguns milhões me parece a época 80 milhões de investimentos, não tenho certeza do valor, agora posso ser errado, mas foi um bom dinheiro, o prefeito de Nova Veneza ganhou uma obra, se não me engano até a barragem e aí renovaram os contratos e quem pagou essa conta foi a população que se não fosse aquela renovação se não fosse aquele contrato poderia hoje ter o município de Criciúma administrando isso com uma tarifa de metade, é isso que nós vamos fazer se eleitos prefeitos de Criciúma vamos romper o contrato com a Casan e vamos estabelecer uma tarifa de água e de esgoto com 50% da tarifa" 
 

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