Outros vereadores de Criciúma devem aproveitar a janela e trocar de partido visando as eleições de outubro deste ano. Efetuando a troca, eles seguem os passos do vereador Toninho da Imbralit, que já no primeiro dia anunciou, em entrevista exclusiva ao 4Oito e Rádio Som Maior, que está migrando do MDB para o PSDB. A janela de transferências partidárias se estende até 3 de abril.
Edson do Nascimento, o Paiol (PP), foi o segundo vereador criciumense a admitir a migração. Ele deixa o meio progressista e tem como destino o PSL, do governador Carlos Moisés da Silva. O vereador comunicou os integrantes do PP na última sexta-feira, 6.
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Do ninho tucano, Júlio Kaminski também encaminha passagem para o PSL, onde se coloca como pré-candidato a prefeito. “Na semana de 16 a 20 de março faremos oficialmente a filiação”, revela.
O vereador Pastor Jair Alexandre (PSC), possui conversas mais aprofundadas com o PSD, mas diz que vai fazer uma análise antes de tomar a decisão. “Seguirei conversando com o presidente da Alesc, Julio Garcia e com o vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris, que foi com quem as conversas tiveram início”, fala o parlamentar, acrescentando que também recebeu convites de siglas como Patriotas, PL, PSL e MDB. “Porém, receber convites não significa nada,” completa.
Ganha e perde
Além da expectativa de ganhar um novo nome, os pessedistas podem perder outro: o vereador Zairo Casagrande, que tomará a decisão na próxima semana e tem como possível destino o PDT. “Não há caminho definido. Tenho convite de seis partidos”, cita.
Ademir Honorato (MDB), descarta assinar ficha no PSL devido à saída do presidente da República Jair Bolsonaro da sigla. “Temos conversas com o PL, através do deputado federal Daniel Freitas (PSL) e com o senador Jorginho Mello (PL), mas nada definido ainda”, revela. O caminho poderia ser o PL para depois ir para o Aliança, partido a ser criado por Bolsonaro (sem partido), porém o parlamentar recebeu outros convites.
Especulado a ir para o PSDB, o presidente da Câmara, Tita Beloli (MDB), ainda não toca no assunto.
As mudanças e possíveis mudanças no Legislativo de Criciúma
Ademir Honorato (MDB) - Conversar com o PL para se candidatar à reeleição, migrando para o Aliança após a criação do novo partido;
Aldinei Polelecki (Republicanos)
Toninho da Imbralit (MDB) - Primeiro vereador de Criciúma a anunciar a mudança de sigla. Assinará ficha no PSDB
Arleu da Silveira (PSDB)
Camila do Nascimento (PSD)
Dailton Feuser (PSDB)
Edson do Nascimento (PP) - Já comunicou os integrantes do partido que deixa os Progressista com destino ao PS;
Geovana Zanette (PSDB)
Pastor Jair Alexandre (PSC) - Conversas aprofundadas com o PSD
Tita Belloli (MDB) - Não se pronuncia, mas especula-se a ida do presidente da Casa Legislativa para o PSDB do prefeito Clésio Salvaro
José Paulo Ferrarezi (MDB)
Júlio Kaminski (PSDB) - Encaminha passagem para o PSL, onde se coloca como pré-candidato a prefeito
Júlio Colombo (PSB) - Deve confirmar a transferência para o PL
Moacir Dajori (PSDB)
Salésio Lima (PSD)
Miri Dagosim (PP)
Zairo Casagrande (PSD) - O vereador decidirá o rumo nesta semana e tem como provável destino o PDT
Sem representatividade hoje, PSL ganhará dois vereadores
Inevitavelmente, as mudanças durante a janela de transferência mudarão a composição da Câmara. Sem nenhum vereador atualmente, o PSL passará a ter dois, a terceira maior bancada ao lado do PSD do vice-prefeito Ricardo Fabris. Outra sigla sem representatividade hoje, mas que pode ganhar um vereador é o PDT, caso se confirme a chegada de Zairo Casagrande ao meio brizolista.
O PSDB registra chegadas e partidas. Toninho entra e Kaminski sai, deixando os tucanos com os mesmos cinco de hoje. Mas há possibilidade de ampliar para seis vereadores caso Tita Belloli ingresse no ninho tucano.
O PSC e o PSB ficarão sem nenhum vereador na Casa. Confirmando todas essas mudanças, dos partidos que compõe a Câmara criciumense, apenas o Republicanos não sofreria alterações, permanecendo com o vereador Aldinei Potelecki. Já o número de partidos continuaria igual: sete.
Como são as bancadas hoje:
PSDB - 5 vereadores
MDB - 4 vereadores
PSD - 3 vereadores
PP - 2 vereadores
Republicanos - 1 vereador
PSC - 1 vereador
PSB - 1 vereador
Como ficaria (confirmando as mudanças apontadas):
PSDB - 5 ou 6
MDB - 3 ou 2
PSD - 2
PSL - 2
PP - 1
PDT -1
Republicanos - 1
PL - 1
PSC - Nenhum
PSB - Nenhum