Em mais uma entrevista da série com os candidatos a vice-prefeito de Criciúma, foi a vez de Ricardo fabris (PSD), que concorre à reeleição, falar ao jornalista Denis Luciano no Programa Agora, da Rádio Som Maior.
O candidato na chapa do prefeito Clésio Salvaro (PSDB) foi o sexto a apresentar as suas ideias. O próximo a ser ouvido será Neguinho (PDT), vice de Rodrigo Minotto (PDT).
A experiência adquirida como vereador e principalmente nestes últimos quatro anos como vice-prefeito foi destacada por Fabris. “Quando eu fui para vice-prefeito, eu estava indo para a reeleição para vereador, e o prefeito em convidou para ser vice. Foi uma experiência legal, uma experiência como político. Aprendi muito com o prefeito Salvaro. Ele sabe fazer mais com menos, tem esta experiência nas empresas dele e trouxe para a prefeitura. Ele busca recursos em Brasília, Florianópolis. Foi uma escola estes quatro anos, me deu preparo em gestão pública. Conhecia a máquina pública porque fui secretário no governo Antonelli e agora foi uma escola, aprendi muito. Sempre digo que surfo na onda do prefeito Salvaro, mas digo que aprendo os detalhes”, destacou.
Sem ruídos entre prefeito e vice
Ricardo Fabris destacou a boa relação entre ele e Clésio Salvaro nestes quase quatro anos de mandato. “No momento que ganhamos a eleição, eu coloquei a condição, fiz análise da relação dos prefeitos de Criciúma com vice. Quase todo tiveram um ruído e coloquei como meta que se fosse para atrapalhar, eu sairia, vou voltar para a minha vida profissional. Não iria atrapalhar o governo, há um elo entre nós, há a confiança. Em nenhum momento houve ruído entre o prefeito Salvaro e o vice Ricardo Fabris. A decisão é do prefeito porque a caneta está com ele, a responsabilidade de explicar para a opinião pública é dele. O prefeito teve um respeito muito grande pela cadeira de vice, pelo vice Ricardo Fabris. O próximo passo ainda não sei dizer, quero fortalecer a gestão pública neste próximo mandato. Ainda não está marcado qual o nosso próximo passo, precisa esperar a eleição”, falou.
A figura de Clésio Salvaro
Para Ricardo Fabris, Clésio Salvaro é figura regionalizada e não somente de Criciúma. “Não tem como não reconhecer que a figura do prefeito Clésio Salvaro é a mais forte no Sul do estado. Ele é um político regionalizado. A imagem dele é esta. Os políticos das três regiões do Sul reconhecem isso. Tem na figura dele um possível representante em uma chapa majoritária em 2022 para o Governo do Estado. Se ele tratar disso será lá na frente, porque ele em nenhum momento falou disso”, relata.
Os parques, marca do governo de Salvaro e Fabris, conforme o vice-prefeito, mudaram o comportamento dos criciumenses. “Os parques mudaram o comportamento das pessoas. Hoje são famílias em piquenique. Pista de skate é o dia interior na pista, uma grande obra que atingiu um segmento. O Parque das Nações está, indo e vamos faz o parque na Santa Luzia. Visitamos uma área e vamos ser se conseguimos, entre Santa Luzia e Vila Manaus”, disse.
Revisão do Plano Diretor
Fabris projetou uma ampliação da área industrial para Criciúma, com o lançamento de um espaço no Verdinho. "Estamos desmembrando uma área do CTG Pedro Raymundo, são 16 empresas interessadas. Infelizmente, uma licença ambiental está impedindo a entrega, mas quando der tudo certo, vai dar um impulso grande", referiu. "São empresas de Palhoça, Tubarão e outras cidades que podem vir para cá", relatou.
A intenção, em uma futura gestão, é rediscutir o Plano Diretor da cidade, para pontuar outras áreas adequadas para indútrias. "Queremos rediscutir o Plano Diretor. Onde coloca que é área industrial tem que ser só indústria. O empresário se sente inseguro por conta do Plano Diretor porque coloca a indústria, vem um condomínio e será necessário reinvestir depois. É um passo que tem que ser dado com relação ao Plano Diretor e deixar bem definido onde é área industrial e residencial", enalteceu.
O vice-prefeito lembrou a quantidade de empresas que a cidade recebeu nos últimos anos. "Em três anos, três mil empresas novas em Criciúma. Hoje conseguimos, em poucos dias, pela Casa do Empreendedor, habilitar uma nova empresa", observou.
Questionado sobre o que, em relação ao primeiro mandato, não foi possível realizar, Fabris fez uma avaliação otimista. "Tudo que imaginávamos no primeiro mandato, praticamente tudo foi colocado em prática. O prefeito colocou muito asfalto nas ruas de Criciúma. Qualquer prefeito faria, nesse período, no máximo 200 ruas. O Salvaro fez mil", relatou. "Não tem mais esse negócio de comprar areão, fazer manutenção de estrada", ponderou. "Sabemos que temos onde chegar ainda, as pessoas estão pedindo mais, mas estamos no caminho certo", reforçou.
Saúde
Fabris ainda comentou sobre a saúde. “Pegamos a prefeitura com dívidas. Não temos fila de espera de exames, é normal. Sobre 15 mil pessoas na fila, fizemos mutirão de otorrino e praticamente zeramos. Temos algumas situações muito pontuais ninguém diz que 30% são pessoas que marcaram e não foram. Exames e consultas estamos regularizando. Avançou muito. A cirurgia eletiva é o governador Moisés e todos os candidatos sabem. Temos esta situação da saúde muito bem tranquila. Quando ele acha que passou um pouco a questão da fila ele vai para mídia e a posição aproveita. Cirurgia eletiva é o Governo do Estado, é o governador Moisés e ele tem candidato e candidata em Criciúma”, enfatizou.
Outro assunto levantado foi o Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC). “Hoje temos R$ 1 milhão a mais no caixa da saúde porque resolvemos o problema do HMISC, que tirava R$ 1 milhão do caixa da prefeitura por mês. O Hospital São José era um gargalo, era mídia direto. Pagamos o hospital em dia, não temos um centavo atrasado. A UPA estava abandonada, vandalizada, recuperamos tudo, terceirizamos. Era para atender três mil pessoas por mês, estamos atendendo mais de dez mil por mês. E vamos abrir a UPA do Rio Maina no fim do ano, se tudo der certo”, revelou.
Transporte público
O transporte público também foi tema da entrevista e o vice-prefeito lembrou que não teve reajuste na tarifa nos últimos anos. “A primeira tarifa é do segundo ano para frente, no primeiro ano teve reajuste para atualizar a planilha. Temos uma das tarifas mais baratas do estado. Não é de agora que as empresas atuam, é histórico, não é uma construção de agora. Estamos com um novo edital. Há uma discussão de frota, possibilidade de ônibus elétrico, entre outros. Cortamos linhas que não tinham utilização, que era muito pouco usada. Veio a pandemia, o transporte parou, voltou com regras. Não é intenção aumentar a tarifa e passa pela discussão do edital. As empresas sabem das deficiências e são parcerias em corrigir. Seria injusto apontar o dedo para as empresas e nãos aber o custo para manter”, enfatizou.
Pavimentações
O vice de Clésio Salvaro lembrou que nestes quatro anos, mil ruas da cidade foram pavimentadas. “Pegamos 1,2 mil ruas não pavimentadas. Vamos pavimentar todas”, salientou. Ele lembra ainda do recurso do Fonplata que está sendo investido na região do bairro São Luiz. “Estava encaminhado, mas não estava assinado. Fizemos uma reengenharia que possibilitou buscar os 17 milhões de dólares para o binário da Santos Dumont e já recebemos o sinal para receber R$ 20 milhões a fundo perdido, não é empréstimo”, destacou.
Para Fabris, a região onde os valores estão sendo aplicados, vai ser uma das mais valorizadas de Criciúma. “Batam foto agora porque não será mais a mesma. Vai virar um outro centro de Criciúma. É um projeto lindo e um dos melhores projetos do estado e do país. Passar em uma rotatória acaba. A Rua Carlos Sampaio vai ser um mergulho. Vai ser um ganho para os comerciantes e moradores. Uma das maiores obras viárias de Criciúma”, disse.
Além disso, há a possibilidade de um novo Fonplata para a cidade. “Os projetos possíveis para este projeto, Ricardo Fabris disse que já estão sendo debatidos. “Estamos discutindo se pode ser uma rodoviária nova, quem sabe um mercado público”, disse.
Sobre o possível mercado público novo, a discussão está em torno do local do atual camelódromo, na antiga prefeitura. Está sendo debatido, também, um projeto para a Estação Rodoviária, quem sabe em uma nova sede. “Estamos discutindo a antiga prefeitura para fazer um mercado público, está na mesa para discussão. estamos discutindo ciclovia também. Se a Avenida Centenário comporta ou não comporta. Uma coisa é colocar no papel e a outra são os técnicos dizerem se dá ou não. Tem questões na nossa agenda, mas a decisão é do prefeito Clésio Salvaro. A intenção tem, mas é preciso discutir com os técnicos. Vamos entregar no próximo mandato Criciúma sem nenhuma estrada de chão”, concluiu.
Ouça a entrevista na íntegra: