Os exemplos do passado para projetar o futuro de Criciúma. Neste sentido, o Agora voltou a reunir, nesta terça-feira, 8, ex-vereadores para contar exemplos, recordar trajetórias e pautas polêmicas. Estiveram no estúdio os ex-vereadores Archimedes Naspolini Filho, Tadeu Mossman e José Paulo Serafim dentro do projeto Eleições 2020 da Rádio Som Maior.
"Eu fui das duas legislaturas que vereadores não tiveram qualquer tipo de remuneração. Nem salário, nem ajuda de custo", lembrou Archimedes, que fez parte do Legislativo entre os anos de 1966 e 72, pela extinta Arena.
"Eu tive dois mandatos e, por coerência, não tentei o terceiro, já que sempre defendi o direito a apenas uma reeleição em qualquer nível", apontou Mossman, que integrou a Câmara entre 1993 e 2000. Ele era do MDB. "Fiz dois mandatos, fui eleito para um terceiro e não cumpri pois fui convocado para assumir uma cadeira na Alesc", lembrou Serafim, do PT, que legislou no mesmo período de Mossman, de 93 a 2000.
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Cada qual teve a sua particularidade em relação ao exercício dos mandatos. "Eu fui vereador muito jovem, era uma época que tínhamos pouca condição para legislar. Tudo saía do bolso do vereador, e eu participei de alguns projetos como o que deu nome à Rua Agrícola Índio Guimarães, no Comerciário", recordou Archimedes.
"Eu propus muitas pautas ligadas ao meio ambiente que infelizmente não foram aprovadas, como uma que previa abatimento de impostos pela quantidade de árvores que o contribuinte plantava", pontuou Mossman. "Tive alguns projetos importantes aprovados, como o que colocou a obrigatoridade das portas giratórias nas agências bancárias, ou que instituiu a Tribuna Livre na Câmara", destacou Serafim.
Houve, também, as questões de relações com o Executivo sendo lembradas pelos ex-vereadores. "Muitos pensam que legislar sendo governo é fácil, mas não, é mais difícil", comentou Serafim, que foi oposição nos dois mandatos, já que o correligionário Décio Góes (PT) foi ser prefeito a partir de 2001, quando o ex-vereador se encontrava em mandato na Alesc. "Eu fui vereador inteiro no meu primeiro mandato, quando era oposição ao prefeito Altair Guidi. Mas no segundo mandato eu era governo, com o prefeito Eduardo Moreira, e acabei sendo meio vereador, tendo muitos desgastes com o meu partido", observou Mossmann. "Eu recordo de ter subscrito o projeto na Câmara que criou a Fucri, atual Unesc, numa redação articulada com o prefeito Ruy Hülse", sublinhou Archimedes.
Acompanhe a íntegra do programa no podcast: