As lembranças de cada tijolo colocado para erguer a Igreja Matriz São Roque fizeram marejar os olhos do pedreiro Walmor Luiz Piva. Hoje com 81 anos, ele relembra, emocionado e com orgulho, cada traço arquitetônico que as suas mãos e as da equipe trazida de Nova Trento, sua cidade natal, fizeram “Dia 4 de julho de 1958, há 60 anos, eu e mais três pedreiros e um servente de obra começamos a construir aqui”, conta.
Atualmente morando em Curitiba, Piva é o único pedreiro ainda vivo daquela obra e, quando vem visitar os parentes em Morro da Fumaça, não deixa de ir à igreja. Enquanto caminha pela imponente construção, ele confessa: “a vontade é de chorar mesmo. Parece mentira que construímos isso aqui”.
As dificuldades
“Para construir no alto era tudo puxado na roldana. O andaime era feito de madeira de eucalipto que nós mesmos fazíamos”, explica. Questionado sobre as dificuldades do passado na construção. ele é enfático: “Nós não tínhamos dificuldades, porque éramos jovens. Tínhamos toda energia para trabalhar e eu gostava de trabalhar”.