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Até quando a água estará disponível

Estudos apontam que a região Sul catarinense tem problemas com a quantidade e a qualidade da água

Por Vanessa Amando Criciúma, SC, 22/03/2019 - 12:47
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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O futuro da água na região Sul catarinense é preocupante. Divulgado há cerca de um ano, o Plano Estadual de Recursos Hídricos apontou que a região apresenta péssimas condições no que diz respeito ao recurso hídrico disponível, tanto em relação à quantidade, quanto à qualidade da água. Inclusive, os resultados do estudo colocaram o Sul como a região em situação mais crítica de toda Santa Catarina. Ele também elencou ações que deveriam e ainda precisam ser feitas para manter o recurso hídrico em boas condições para suprir a demanda.

A região em questão abrange 29 municípios das Bacias Hidrográficas dos Rios Araranguá, Urussanga e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba. A pesquisa foi contratada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), e realizada pela Fundação CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras). Coordenador do Plano à época, o engenheiro sanitarista e ambiental Vinicius Ragghianti lembra que, do ponto de vista da qualidade, as duas Bacias apresentam problemas.

“Existe um histórico antigo relacionado ao problema da qualidade da água, principalmente pela mineração, a irrigação de arroz – tendo em vista que a rizicultura é muito forte no Extremo Sul, e a falta de saneamento básico”, relata Ragghianti, acrescentando que, se os fatores poluentes forem colocados em ordem, a mineração ainda é o mais agravante. “Isso é devido à drenagem ácida, que altera muito o pH da água. É um problema antigo e mais observado na Bacia do Rio Urussanga”, pontua.

Já a irrigação necessária para a agricultura, principalmente no cultivo de arroz, afeta mais a questão da quantidade de água disponível e é mais vista na Bacia do Rio Araranguá. Além disso, ainda que em menor volume, ela também atinge um pouco devido à agressão que os produtos químicos causam à Bacia. O Plano está previsto na Política Nacional de Recursos Hídricos, sendo todos os Estados obrigados a elaborá-lo.

Falta de saneamento básico

Além de prejudicar a saúde das pessoas, a ausência de saneamento básico também afeta os rios. “A falta de coleta e tratamento de esgoto é outro problema muito antigo. Antes de ser jogado nos rios, o esgoto precisa ser coletado e tratado corretamente, mas várias cidades não têm essa cobertura e o esgoto acaba lançado nos rios de maneira direta. Ligações irregulares e excesso de fossas sépticas podem ser mais um problema, pois, se existe um região sem rede de esgoto e com muitas fossas sépticas, alguma parte acaba chegando no rio”, destaca.

Ragghianti afirma que o Plano concluiu que a falta de saneamento é o principal problema envolvendo a questão da qualidade da água em toda Santa Catarina.

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