Aconteceu na noite desta quinta-feira, 28, uma Audiência Pública para falar sobre a atualização da tabela do Sistema Único de Saúde. Foi uma atividade promovida pela Câmara de Vereadores, proposta pelo vereador Arleu da Silveira (PSDB), realizada no Salão Ouro Negro da Prefeitura de Criciúma. O objetivo foi falar sobre os serviços públicos de saúde que não recebem atualização em seus custos de manutenção.
“Eu sei que nós aportamos mais de R$ 250 mil para fazer a conclusão da tabela SUS, mas nós moramos aqui, onde moram as pessoas e onde os cidadãos vivem. Temos que trabalhar para melhorar esse programa que é bom, mas temos condições de melhorar muito”, disse o prefeito Clésio Salvaro (PSDB).
Diversas pessoas passaram pela tribuna e deram a sua palavra. Ademar Antonio Dal Pont falou como representante dos laboratórios de análises químicas. Mostrou alguns números que cresceram no Brasil ao longo dos últimos 26 anos, destacando que o SUS ficou para trás.
"Eu trago aqui a inflação versus os reajustes de 1993 até 2018, esse documento foi passado pelo nosso secretário de Saúde, o Acélio Casagrande. Nesse período a tabela do SUS teve um reajuste de 93,78%, na área de análises químicas não tivemos nenhum tipo de reajuste. O salário mínimo nacional subiu 854%", comparou.
A ex-secretária de Saúde de Criciúma, Francielle Gava, foi outra que teve a palavra, passando a sua experiência como técnica em enfermagem.
"A saúde é garantida via políticas econômicas, essa tabela precisa sim ser reajustada, principalmente da classe médica, reclassificar e simplificar procedimentos. Precisamos rever valores e incorporar tecnologias. A tabela da média complexidade não é atualizada desde 2010", comentou.