Viajar pode ser um momento de grande alegria para muitas pessoas, mas quando se tem um animal de estimação, algumas preocupações surgem. Afinal, qual a melhor decisão: levar o pet junto ou deixá-lo em casa?
Levar o pet na viagem Para quem deseja levar o animal junto, é fundamental avaliar as condições do destino. "É importante verificar se o local aceita animais, se há espaços adequados para ele e se a viagem em si não será estressante", alerta a veterinária Jessica De Marck Meneghel. “Alguns fatores podem ser estressantes, como o excesso de barulho, a presença de outros bichos ou até mesmo o trajeto”, completa.
No caso dos gatos, por exemplo, que geralmente são transportados dentro de caixas, a viagem pode ser ainda mais desafiadora. "Gatos tendem a ser mais sensíveis a mudanças de ambiente e transporte. Se a viagem for longa, pode ser necessário algum tipo de adaptação prévia", explica Jéssica.
Deixar o pet em casa
Para aqueles que optam por não levar o animal, há algumas alternativas para garantir seu bem-estar. "Uma boa opção é deixá-lo em uma creche ou com alguém de confiança que possa garantir os cuidados necessários", recomenda a especialista. Além disso, é essencial que o pet tenha atividades e receba atenção, principalmente em períodos de calor intenso, onde a hidratação e o conforto térmico são indispensáveis.
Humanização excessiva e seus riscos Atualmente, é comum observar a humanização dos animais de estimação. "Muitos pets só comem se o tutor estiver olhando, só dormem com o tutor e acabam criando uma dependência emocional prejudicial para ambos", comenta Jéssica. Esse tipo de comportamento pode se tornar problemático, principalmente em situações inesperadas, como quando o tutor precisa ser hospitalizado e o animal não pode acompanhá-lo.
A veterinária alerta que é essencial respeitar os instintos naturais dos pets. "As pessoas têm que aprender a amar respeitando os limites dos animais. É preciso criar uma relação equilibrada, onde o pet se sinta seguro mesmo na ausência do tutor", conclui.
Bem-estar em primeiro lugar
Segundo Jéssica, a decisão entre levar ou não o animal deve levar em consideração a relação do pet com o tutor e as condições estruturais do destino. "Cada animal tem um comportamento único. O mais importante é avaliar o que será menos estressante para ele e garantir que todas as suas necessidades sejam atendidas", finaliza.
Ouça a entrevista completa no Programa Cá Entre Nós: