O Governo Federal anunciou na tarde dessa terça-feira (17) a federalização do Porto de Itajaí, retomando a gestão depois de 30 anos. O comunicado se deu através do Ministério de Portos e Aeroportos e gerou reações imediatas de parlamentares e autoridades catarinenses que defendem que a gestão do porto siga municipalizada.
Um dos discordantes em relação à federalização é o Senador Esperidião Amin, do Progressistas. Ele relembrou o momento de quando a municipalização foi definida, e ressalta a importância do fato para Santa Catarina: "Em 1997 celebrou-se o convênio estabelecendo que a autoridade portuária seria da Prefeitura de Itajaí. Ou seja, foi um movimento catarinense, límpido, de autonomia. Como é que nós vamos ficar subordinados a Santos, que é nosso, entre aspas, concorrente?"
As justificativas utilizadas pelo Ministério para a medida foram o fomento à economia catarinense, a impulsão da geração de emprego e a garantia da continuidade das operações portuárias. Em contrapartida, o Senador contesta a federalização a partir do crescimento ocorrido nas últimas décadas: "O polo do Complexo Portuário da foz do Itajaí Açu, mais São Francisco que é gerido pelo Estado, e Itapoá, do outro lado da baia da Babitonga, lá no norte, que é privado, mais Tubarão, mais Imbituba e mais Laguna, isso corresponde ao segundo maior polo portuário do Brasil. Nós conquistamos isso. Então, voltar dramaticamente para trás, depois de 25 anos de sucesso e dois anos de hesitação, é inadmissível."
Mesmo com opiniões contundentes a respeito, o parlamentar segue acreditando na resolução da questão através do diálogo político: "Estou prestes e a postos para ajudar numa manifestação construtiva que busque uma outra solução."
Ouça na íntegra a entrevista do Senador Esperidião Amin ao Programa Adelor Lessa na Rádio Som Maior: