Após terem sido autorizadas por meio de uma liminar obtida pelo Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), o retorno das aulas presenciais em regiões de risco gravíssimo foi suspenso pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A liminar do Sinepe havia sido autorizada na última sexta-feira, 6, pelo Governo Estadual, tendo sido revogada ainda nesta segunda-feira.
De acordo com o secretário de Educação de Santa Catarina, Natalino Uggioni, o governo vem há meses trabalhando com diversas entidades, inclusive particulares, para determinar os planos que possibilitam o retorno das aulas presenciais. “Vimos que essa ação impetrada pelo Sinepe veio tentando mudar as regras que foram construídas com a participação de muitas entidades em um processo longo, de muito trabalho”, pontuou.
Foram criados oito cadernos de diretrizes para serem usados como base para construção dos planos de contingência municipais e, também, de cada unidade escolar. Fora as que estão localizadas em regiões de risco gravíssimo, como é o caso da Grande Florianópolis, as escolas já podem submeter o plano de contingência para voltar com algumas atividades presenciais. Em Santa Catarina, cerca de 28 escolas estaduais já voltaram com atividades pedagógicas de reforço.
“A rede estadual está funcionando, temos escolas que já retornaram com alunos. Dessa forma, acreditamos que é prudente tentar retornar ao novo na escola, é importante retornarmos para ter experiência prática e entrarmos em 2021 a plena carga. Essa ação [autorização e revogação] gerou incertezas e isso é muito ruim em um momento em que precisamos passar segurança para os pais e professores”, declarou o secretário.
Participação mais efetiva de Daniela
Segundo Natalino, a chegada de Daniela Reinher ao cargo de governadora trouxe uma intensidade ao trabalho do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES). Na área da educação, de acordo com o secretário, o trabalho passou a contar com maior participação de Daniela.
“Percebemos uma aproximação maior dela como governadora. O relacionamento entre governadora e secretário de Educação passou a ser um pouco mais direta, essa diferença é sensível e importante, é o que estamos constatando”, afirmou.