O Bairro da Juventude foi uma das entidades beneficiadas pela equipe do Fantástico, da Globo, que recolheu centenas de livros didáticos inutilizados que acabariam indo para reciclagem, no interior do Rio Grande do Sul. Após a ação da equipe global, a instituição foi contemplada com aproximadamente três mil livros, que serão utilizados pelos jovens e crianças do Bairro.
Em reportagem que foi ao ar neste domingo, 8, o Fantástico mostrou uma complicada situação das escolas brasileiras. Enquanto alguns colégios possuem centenas de livros didáticos armazenados e não utilizados que, muitas vezes, são reciclados e viram até mesmo papel higiênico, outros sofrem com a falta dos mesmos.
De acordo com o secretário de educação do Rio Grande do Sul, Faisal Karam, o enorme desperdício do material acontece porque o Ministério da Educação (MEC) não leva em conta a evasão escolar. Enquanto os recicladores pagam, em média, R$ 0,30 por quilo dos livros descartados, o MEC gasta, com os mesmos livros, cerca de R$ 16,00 - comparação que mostra o desperdício do dinheiro público.
Segundo o coordenador de Mobilização de Recursos do Bairro da Juventude, Carlos Roberto Roncaglio, os livros recebidos pela entidade irão servir para diversas utilidades, desde trabalhos escolares ao reforço escolar, atendendo, também, a famílias da instituição. “Nós podemos colocar esses livros em várias frentes da instituição, reforço, trabalhos internos, atendimento à comunidade e até mesmo atender outras escolas que podem vir aqui e aproveitar o material”, ressaltou.
A doação surgiu a partir de um contato do Bairro da Juventude no Rio de Janeiro, que acabou sendo contatado pelo autor da reportagem do Fantástico e o direcionou para o coordenador de recursos da entidade. Segundo Carlos, foram recebidos livros do ensino fundamental e médio, que estão sendo direcionados pela equipe pedagógica do Bairro.
Para Carlos, a ação não só beneficiou as crianças e os jovens da entidade como também toda a cidade criciumense. “Agora o bairro se projetou ainda mais forte nacionalmente, assim com a cidade de Criciúma. A reportagem e as doações foram coisas muito positivas para a instituição, para a cidade e para a comunidade criciumense”, concluiu Carlos.