O secretário nacional da Cultura, Roberto Alvim, foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 17, após realizar um discurso em que parafraseou um discurso usado por Joseph Goebbels quando ministro da Propaganda de Adolf Hitler durante o governo nazista.
Na nota enviada pela Secretaria de Comunicação da Presidência de República, o comunicado afirmava:"Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência".
Após a repercussão da comparação do discurso, Alvim disse que a referência fascista em seu discurso foi uma "coincidência retórica".
No discurso de Alvim, o secretário afirmava: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada”.
Comparando com o discurso de Joseph Goebbels, o nazista colocava: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".
O vídeo ainda apresenta música de fundo de uma ópera de Wagner, compositor preferido do líder nazista, Adolph Hitler. Gobbels, além de antissemita radical, foi um dos principais idealizadores do nazismo na Alemanha.