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Bolsonaro não fecha 2020 na presidência, afirma Bornhausen

Ex-governador vê cenário para impeachment do presidente. "Está ladeira abaixo", afirmou

Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 27/04/2020 - 10:57 Atualizado em 27/04/2020 - 11:00
Foto: Murici Balbinot / ACAERT
Foto: Murici Balbinot / ACAERT

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O ex-governador de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, afirmou nesta segunda-feira, 27, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, que acredita que Jair Bolsonaro não terminará o ano de 2020 como presidente da República. De acordo com o político, os erros consecutivos e as gravissimas acusações feitas por Sergio Moro comprometem o futuro do governo. 

"O presidente cometeu um erro em tirar o Mandetta por ciúme e depois cometeu falsidade ideológica colocando 'a pedido' a exoneração do Valeixo e a assinatura do Sergio Moro no ato, que respondeu a altura, mostrando mensagens trocadas em que o presidente queria interferir na defesa dos seus deputados e certamente na defesa dos seus filhos", comentou Bornhausen. 

Confira também - Adelor Lessa: Bornhausen projeta impeachment do presidente Bolsonaro

O político catarinense acredita que o processo de impeachment de Bolsonaro deve ser aberto em breve. "Até o fim do ano ele não será mais presidente. Está ladeira abaixo. Acredito que o crime foi cometido, as investigações sobre Fake News também vão levar certamente aos filhos do presidente, assim como empresários que financiaram esse gabinete do ódio", disparou. "Isso tudo demonstrado ao Congresso, com contundência do STF, não tem como não chegarmos a instalação do processo de impeachment, não teremos outro caminho a não ser o presidente afastado do poder", afirmou o ex-governador de Santa Catarina. 

Na ânsia de se proteger na Câmara e no Senado, o presidente se alinha com políticos que fazem a velha política, contradizendo seus principios anunciados durante a campanha. "Ele ta procurando o que há de pior no Congresso, via Valdemar de Costa Neto, via Roberto Jefferson e Ciro Nogueira, todos que a gente sabe que não tem condição ética ou moral para fazer qualquer tipo de defesa", contou. 

Futuro de Paulo Guedes

Um dos principais pilares do governo Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes também tem o nome ventilado para ser um dos próximos a deixar o cargo. Jorge Bornhausen acredita que o ministro foi atropelado por uma ação dentro do próprio governo. "Criando o programa Pró-Brasil, sem a anuência do Guedes, é um fato muito grave já que ele tinha todos os poderes na condução da economia. É evidente que todo setor econômico vê que há um conflito entre o Guedes e o presidente, ou a ala militar do governo", diz Bornhausen que completa que acredita que o ministro pode sair e ele já deu uma demonstração pública disso. "Ele mostrou a sua diferença com o restante na aparição no discurso do presidente Bolsonaro na sexta-feira - um dos mais bestialógicos que eu já vi - em que ele se apresentou como devia, de máscara, mas descalço, tendo tirado o sapato. Uma prova evidente que ele estava ali contrariado, achando que aquela festa não poderia ocorrer, alias, as fisionomias era de um grande velório com o defunto falando", disparou Bornhausen. 

Governo do Estado

A respeito de como vem sendo o andamento do governo Moisés, vieram mais criticas. Bornhausen criticou o isolamento político praticado por Carlos Moisés desde o início do seu mandato. "O governador se elegeu em função única e exclusivamente do Bolsonaro. O gesto dele de se afastar antes de todos esses problemas que surgiram foi um gestão impensando politicamente. O Brasil tem um centralismo exagerado na União, estados e municípios precisam permanentemente da ajuda do Governo Federal. Brigar com o presidente, sem motivo nenhum, prejudica o estado", explicou o ex-ministro que emendou: "Todo governador, mesmo sendo de partido adversário, tem que ter uma boa união com o presidente. Acho que ele falhou, é natural já que ele não conhece política e ainda vai ter que conhecer todo o estado de Santa Catarina", comentou.

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