Gelson Bento (PP), presidente da Câmara de Vereadores de Tubarão, assumiu interinamente a prefeitura desde que Joares Ponticelli (PP), chefe do executivo, e seu vice, Caio Tokarski (União), foram presos durante a terceira fase da Operação Mensageiro. A investigação apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
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"Pegamos isso tudo de surpresa. Caiu uma bomba dentro do município de Tubarão. Com muita tristeza, a gente assume para dar continuidade, mas está sendo investigada essa situação, que está em segredo de justiça. Os advogados estão bem confiantes na defesa deles [prefeito e vice]", afirma Bento.
"Foi uma situação bem torturante para nós todos em Tubarão, Câmara de Vereadores, população. Foi um dia muito tenso na terça-feira. Agora, as coisas estão começando a se acentuar. Estamos, hoje, como prefeito, fazendo, na medida do possível, agilizar e fazer o melhor para o município", acrescenta o interino.
Ainda conforme Bento, o objetivo principal, agora, é dar continuidade aos trabalhos da gestão de Ponticelli. "A situação vai ter o seu julgamento e ter a clareza neste sentido, se vai haver ou não punição. A gente já observou vários casos aqui em Santa Catarina, e no Brasil como um todo, pessoas foram afastadas, mas no fim, foram inocentados. Cada um tem seu direito de fazer defesa e dar segmento que a lei determina", pontua.
O atual prefeito afirma que não haverá mudança na equipe da administração de Tubarão. "O município não pode parar. Isso aí é uma responsabilidade nossa que já tínhamos como vereador. A estrutura da prefeitura a gente não vai alterar. Os secretários que eram do Joares, nós assumindo o administrativo, vamos dar continuidade e tentar melhorar o aspecto", conclui.