Na noite desta segunda-feira, 21, moradores do Rio Morosini estiveram na Câmara de Treviso para discutir o Projeto de Lei 004/2019, de autoria do vereador Ângelo Tasca (PP), que prevê a interdição do acesso entre a Área Industrial João Sônego e a comunidade.
Segundo o representante do bairro, Renato de March, os moradores compareceram ao encontro para esclarecer dúvidas relacionadas a proposição. Para De March, com a interdição do acesso, os moradores precisarão utilizar a rua principal da comunidade. Assim, a população terá que percorrer 1,5 quilômetro a mais para chegar ao Centro da cidade. “Para as pessoas que andam a pé ou de bicicleta isso acaba dificultando bastante”, disse.
Os moradores do Rio Morosini formaram uma Comissão para discutir o tema com o Legislativo, Executivo e a Associação Empresarial de Treviso (Aetre). Com o fechamento da rua na Área Industrial, a comunidade espera melhorias no acesso que será utilizado.
“Que melhorem o acesso da SC-446, que será a via para a comunidade, porque ela é muito perigosa, principalmente à noite e em dias de chuva. As pessoas com mais idade que trafegam por ali têm bastante dificuldade”, disse.
Autor defende projeto
O autor da proposição, suplente de vereador Ângelo Tasca (PP), defendeu que a projeto irá gerar empregos para o município. Segundo Tasca, a interdição pode alterar o funcionamento da área industrial, permitir a expansão e a instalação de empresas. “Com a geração de emprego no nosso município, teremos empregos indiretos em farmácias e restaurantes. Maior movimentação econômica e arrecadação”, explicou.
De acordo com Tasca, o Rio Morosini será beneficiado com a interdição. “Qual será a vantagem para a comunidade com esse fechamento? Será a geração de empregos para todos os munícipes”. Em relação a compensação, o vereador afirmou que poderá discutir melhorias na rua e na iluminação. No entanto, isto é responsabilidade do Executivo.
Durante o encontro, o assessor jurídico da Casa, Carlos Benito Zanini, falou sobre a constitucionalidade da proposição. Segundo o advogado, para ser um projeto do Legislativo é necessário um abaixo-assinado realizado pelos moradores. “Um morador pode ir ao Ministério Público e alegar que a comunidade não foi consultada. E assim, reabrir a rua”, explicou.
De acordo com Zanini, a interdição deve ser realizada pela administração municipal. “O Executivo tem competência para decidir sobre as ruas”, finalizou.
Participaram da reunião o presidente da Casa, vereador Sidnei Viola (PP), Crisleide Cimolim (MDB), Gabriel Mariani (PP), Nelson Levati (PP), Rodrigo Nava (PSB), Luciano Miotelli (MDB), José Bonomi (MDB) e Reginaldo Rizzati (MDB).