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Câmara homenageia história do Esporte Clube Metropol com Moção de Aplauso

Objetivo, segundo a vereadora proponente Sandra Jorge (PSD), é destacar a exitosa história do clube no futebol catarinense

Por Redação Criciúma, SC, 01/10/2022 - 10:54
Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores
Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores

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O Esporte Clube Metropol foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Criciúma. A Moção de Aplauso, de autoria da vereadora Sandra Jorge (PSD), foi aprovada por unanimidade na Casa Legislativa. Conforme a vereadora, o objetivo é destacar a exitosa história do clube no futebol catarinense. "Não são raras manifestações de amor a este clube e de lembretes de sua grandiosidade naqueles tempos", ressaltou a vereadora. "Não poderia sair da Câmara sem lembrar do Metropol", acrescentou ela, que é suplente. 

Na tribuna, Sandra exibiu uma camisa que soma 72 anos, usada pelo jogador Pedrinho, e a faixa de campeão estadual em 1960. "E gostaria de deixar registrado todo o carinho que eu tenho pela história do meu bairro, e obviamente, deste time, que fez história e faz parte da história. Falar do Metropol me emociona. São minhas raízes e também a minha história", disse. Sandra pediu aos vereadores para que se mobilizem visando à construção de um museu do clube. 

O vereador Toninho da Imbralit (PSDB) também subiu à tribuna para falar sobre o clube e parabenizar a vereadora pela iniciativa da Moção. "Foi um time que nos representou muito bem, não só na nossa cidade, mas em todo o estado de Santa Catarina. Eu tive o prazer e a oportunidade de trabalhar com três jogadores do Metropol: O Tenente, que foi motorista do falecido Diomício Freitas; o Rubão, que trabalhava na expedição da Cecrisa e com o Valdir Paulo Berg. Eram pessoas muito simples, humildes, que fizeram história. O clube foi maravilhoso para todos nós", relembrou. 

Atenuante de conflitos

Na década de 1960, o futebol foi utilizado como um atenuante dos conflitos de trabalho na Região Carbonífera. Cada companhia mineradora mantinha seu próprio time de futebol, em que os jogadores-mineiros atuavam, esquecendo, um pouco, das condições complicadas de trabalho a que eram submetidos. Neste contexto, a Companhia Carbonífera Metropolitana alçou o Metropol à categoria de time profissional, em 1959.

A partir de então, sob o comando do dirigente Dite Freitas, passou a contratar jogadores profissionais para compor o time com os trabalhadores mineiros que atuavam na equipe. Numa façanha, o time conquistou um tricampeonato estadual (1960 - 1962). Foi, ainda, campeão estadual em 1967 e 1969. Em 1969, após a conquista do campeonato catarinense, o departamento de futebol profissional foi desativado.

O Metropol fez história no futebol de Santa Catarina, em vista das suas conquistas nos anos 60 e a excursão realizada pela Europa em 1962, um fato raro para a época em clubes fora do eixo Rio-São Paulo. Nessa excursão à Europa, o Metropol fez uma campanha de 13 vitórias, 6 empates e 4 derrotas. Começou com a viagem no dia 27 de abril de 1962, e retornou no dia 30 de julho, numa das mais extensas apresentações do futebol brasileiro pela Europa. Foram 23 partidas em cinco países, com 13 vitórias, 6 empates e 4 derrotas. Marcou 53 gols e sofreu 35, com um saldo positivo de 18 gols. Elario foi o artilheiro da excursão, com 17 gols, seguido de Nilzo, com 8 gols, Helio, 7 gols, Marcio, Pedrinho, Arpino e Valdir marcaram 4 vezes cada, Parana fez 3 gols e Sabia 2 gols.

Time

Como profissional, o time fez 466 partidas, de 1960 a 1969. Foram 265 vitórias, 113 empates e 88 derrotas. Ao todo, 176 atletas vestiram a camisa Metropol. Quem mais atuou foi o goleiro Rubens, com 271 partidas, seguido do lateral Tenente, com 202 jogos, e pelo zagueiro Hamilton 183 partidas. Idésio é o maior artilheiro do clube, com 140 gols, em 166 jogos. Seguido por Nilso com 83, Madureira com 62 e Valdir com 52 gols.

O Estádio Euvaldo Lodi foi inaugurado no dia 23 de dezembro de 1952, no duelo entre Metropol e Comerciário (atual Criciúma Esporte Clube), e o placar foi 3 a 2 para o Comerciário. A maior goleada aplicada pelo clube no estádio foi em 20 de janeiro de 1963: Metropol 12 a 1 contra o Flamengo (Curitibanos), pelo Campeonato Catarinense. O último jogo ocorreu no dia 14 de dezembro de 1969. A equipe venceu o Palmeiras (mais tarde Blumenau EC) por 2 a 0. O Estádio Euvaldo Lodi mudou o nome para Estádio João Estevão de Souza em 1975.

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