A Câmara aprovou, na sessão desta terça-feira, 1, um requerimento de autoria do vereador Tita Belloli (PSDB) e assinado por todos os demais 16 parlamentares solicitando à Celesc esclarecimentos sobre o reajuste da energia elétrica em Santa Catarina.
Uma série de perguntas foram elencadas no documento, buscando explicações a respeito do aumento de 8,42% na tarifa do Grupo B, de baixa tensão. Confira:
a) Quais os motivos que levaram a Celesc a realizar um reajuste praticamente quatro vezes maior que a inflação dos últimos 12 meses?
b) Em plena pandemia de Coronavírus, onde consumidores perderam parte de suas rendas, muitos deles sem emprego, por que a Celesc não considerou o reajuste após a pandemia ter passado?
c) caso o reajuste seja realmente necessário, existe a possibilidade de postergar o aumento até o termino da pandemia?
No argumento do requerimento da Câmara, consta que "este aumento atinge consumidores residenciais, residenciais baixa renda, rurais, iluminação pública e comércio, justamente os setores que mais vem sofrendo com a crise, assim, a Câmara de Vereadores de Criciúma considera este aumento inadequado e de certa forma abusivo, pela situação que vivenciamos. Não concordamos com este reajuste e solicitamos com urgência, explicações plausíveis por parte da Celesc".
O tema foi discutido durante a sessão, e antes da aprovação unânime, pelo vereador Aldinei Potelecki (Republicanos). "Me dá repugnância de estar no meio político por situações como essa, fico indignado", disse. "Ficamos de mãos atadas, todos nós estamos passando por momentos difíceis aí vem o Governo Federal, através da Aneel, agência que deveria defender o consumidor, e autoriza o aumento", reclamou. "E não só na Celesc, mas todas as estatais, cooperativas e distribuidoras de energia. Eu não sei de onde que vem isso, se foram congelados os salários dos servidores públicos", finalizou.