Desde que começou, na última segunda-feira (21), a greve dos caminhoneiros tem sido notícia nos principais veículos de imprensa de todo o país. Também é um dos assuntos mais comentados em redes sociais e, por conta disso, tem sido alvo das fake news (notícias falsas). Para tratar do tema e também esclarecer as principais reinvindicações da categoria, os representantes do movimento Sérgio Silva e Rodolfo Correa.
“O que nos segura ainda são as negociações que não estão tendo respaldo. Estamos fazendo um apanhado geral de todos os pontos de paralisação e vamos pegar por escrito o que a gente realmente quer. Porque o pedágio e o Diesel R$ 0,46 não é o que a gente quer. Se alguém pediu não foi a nossa categoria aqui de baixo”, afirmou Sérgio.
Rodolfo explica que a greve começou pelo preço do óleo diesel e que, se o presidente Michel Temer oferecesse o desconto de R$ 0,46 no litro nos primeiros dias a paralisação já teria sido encerrada. “O grande problema foi que ele ignorou nossa classe”, contou.
O caminhoneiro disse ainda que a classe não tem representante legal. “Aquele senhor que foi lá e falou que os motoristas estavam sendo ameaçados, que tinham pessoas de outras classes e empresários metidos no meio mentiu. Isso tudo é mentira. Cada piquete tem seu representante. Não tem camisas, partidos e nem ninguém do PT no meio. O Governo é que deixou o movimento tomar essa proporção grande”, comentou.
Segundo ele, o Governo incluiu 12 reinvindicações inexistentes no movimento. “Na realidade a greve começou pelo preço do óleo diesel. Ninguém falava em puxar material para a Conab. Até mesmo porque um autônomo não pode fazer isso. Nem foi falado em Conab, eixo erguido, e essas coisas”, afirmou.
De acordo com os representantes, a greve só vai acabar quando o óleo diesel for vendido por um preço justo. O pedido é que seja R$ 2,50. “Não adianta o governo ir lá e fazer o que está fazendo, sendo que já estão falando em novos tributos e impostos”, esclareceu Rodolfo.
Sérgio explicou que o problema de abastecimento de insumos e medicamentos em hospitais não tem nada a ver com a greve dos caminhoneiros. “Isso não é questão dos caminhoneiros. É do governo. Sempre faltou e sempre vai faltar. Agora ele está pegando motoristas como bodes expiatórios”, afirmou.
Os caminhoneiros explicaram que a classe não vai deixar que hospitais parem por falta de oxigênio, insumos e medicamentos. Também não vai deixar que falte combustível para ambulâncias e viaturas da polícia. “A mídia está jogando coisas para jogar o povo contra o motorista, porque quem está ajudando os motoristas é o povo”, afirmou Sérgio.