O processo envolvendo a Carbonífera Criciúma está só no começo, garantiu a juíza titular da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Criciúma, doutora Eliza Maria Strapazzon. Ainda não ficou definido se será decretada a falência da empresa ou se haverá a recuperação judicial. Aproximadamente 700 ex-funcionários estão aguardando para receber pagamentos de salários.
“Como é uma carbonífera com muitos trabalhadores e muitos créditos, fizemos uma reunião com o juiz do trabalho, para estabelecer diversas prioridades e para calcular a correção. Final de agosto foi o prazo que dei para a empresa ver se conseguirá abrir novamente ou não”, citou. “Não tem como recuperar uma empresa fechada, então que ela possa dar continuidade aos trabalhos, com as portas abertas”, disse a juíza.
Caso seja definida a falência, os bens da Carbonífera Criciúma serão vendidos, para arrecadar recursos e quitar as dívidas que estão entre R$ 30 e R$ 40 milhões. A empresa terá até o fim do mês para retomar as atividades, mas antes necessita de liberações da Agência Nacional de Mineração (ANM). O processo já conta com mais de 10 mil páginas.
“É um processo bem singular. Começou tudo bem tumultuado. Já está tramitando faz quatro anos e estamos praticamente no início do processo, por essas questões todas que foram ajuizadas lá no Rio Grande do Sul, o advogado recorreu e mandou para o Tribunal, assim o processo parece interminável. Agora estamos praticamente há um ano caminhando”, contou.
Na última sexta-feira, 16, a doutora Eliza fez a intimação para saber se retomará as atividades. Depois que for definido o andamento, ainda necessitará da aprovação em assembleia. De qualquer forma, os encaminhamentos do processo irão demorar.