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Oscar: "Sensação mágica, ímpar e emocionante", diz cineasta urussanguense sobre conquista do Brasil

Filme "Eu ainda estou aqui" levou o prêmio de melhor filme internacional

Por Enio Biz Criciúma/SC, 03/03/2025 - 10:29 Atualizado há 23 minutos
Foto: Frederic J. Brown / AFP
Foto: Frederic J. Brown / AFP

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O filme brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional. Essa é a primeira vez que um filme brasileiro recebe uma estatueta na premiação.

O cineasta urussanguense e membro da Academia Brasileira de Cinema, Yves Goulart, participou do programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, na manhã desta segunda-feira (3). Ele resumiu a conquista como sendo uma sensação mágica, ímpar e emocionante.

"Ser reconhecido por algo que você fez com tanta dedicação e trabalho te leva a um lugar de gratidão no universo, e com as pessoas, e com tantas coisas, que você até desconfia se realmente aquilo é real ou imaginário", frisa o cineasta.

O prêmio conquistado existe desde 1926. Para o diretor, Walter Salles, esse foi um prêmio para a cultura brasileira. 

"Um prêmio para a literatura brasileira representada pelo livro do Marcelo Rubens Paiva. Um prêmio para a forma de atuação daquela que, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, não só levaram, mas nos ensinaram a abraçar. Queria dizer que esse é um prêmio também para a música brasileira através de Caetano, através de Gal, através de Erasmo Carlos, um prêmio para o talento brasileiro na frente e de trás das câmeras. Um prêmio que eu divido com todo mundo que achou que contar essa história era necessário. Graças a isso estamos aqui", celebra.

Yves Goulart, um cineasta independente, se diz orgulhoso dessa conquista do filme "Ainda Estou Aqui". "É um prêmio inédito para o Brasil. A Argentina, por exemplo, já tem três prêmios Óscar nessa categoria. Nós ainda não estivemos naquele palco como vencedores. Já fizemos história desde O Pagador de Promessa, quando fomos indicados em 1962, para melhor filme estrangeiro. Assim era chamado. O nome mudou para melhor filme internacional. Tantas coisas mudaram desde 1962. O público, foco, lobbys, a forma de ver e de fazer cinema. As plataformas, as regras, só não mudou uma coisa, a essência do Óscar. Um prêmio americano para a indústria local", afirma.

Foto: Alile Dara Onawale/Sony Pictures

Para conquistar o inédito Oscar, o longa brasileiros venceu uma disputa acirrada com Emilia Pérez (França), A Garota da Agulha (Dinamarca), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).

"Ainda Estou Aqui" concorria também na principal categoria do Oscar, a de Melhor Filme, mas foi superado por Anora, dirigido por Sean S. Baker.

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