O Hospital Dom Joaquim realizou cirurgias para corrigir a extrofia de bexiga em dois bebês, de 5 meses e 1 ano de idade, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa condição rara faz com que a bexiga se desenvolva fora da cavidade abdominal, exigindo intervenção especializada.
Conforme o Dr. Rafael, o ideal é que se opere nas primeiras horas de vida com alguns detalhes técnicos. “O problema é que quanto mais velha for a criança, mais difícil é a cirurgia, pois as estruturas ósseas ficam mais endurecidas, a musculatura fica mais afastada, tem que fazer uma plástica do abdômen para que consiga fechar esse defeito da parede. No primeiro estágio da cirurgia, temos que fazer o fechamento da bexiga, fechar parcialmente a uretra e, no segundo momento, quando a criança for um pouco mais velha, faz a correção da incontinência urinária”, enfatiza o médico.
Dr. Rafael explica que por ser uma má-formação complexa, muitas vezes, a maior dificuldade é encontrar uma equipe cirúrgica treinada para realizar o procedimento, além da necessidade de uma sala cirúrgica livre de látex, pois esses pacientes ao longo da vida irão fazer inúmeras cirurgias e podem desenvolver uma alergia a esse material. “A fila que a gente tem dessa má-formação muito complexa e rara, não é uma fila grande, mas é a dificuldade de encontrar essas condições ideias. Tem que ter um local compatível que a gente consiga ter o distanciamento do látex, e, principalmente, uma equipe que esteja altamente treinada para fazer esse tipo de procedimento”, revela.
Ouça, na integra, o Dr. Rafael Deyl sobre a cirurgia inétida em bêbes: