O ex-governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), foi absolvido pela denúncia de omitir doações da Odebrecht feitas à sua campanha ao governo do estado.
Ele era acusado de não declarar em sua prestação de contas uma doação de R$ 2,3 milhões da Odebrecht na eleição em 2010, a qual concorreu pelo DEM, e R$ 7 milhões para sua reeleição, em 2014, pelo PSD. Conforme divulgado pela revista Época, na decisão, a juíza eleitoral Marani de Mello alegou que a denúncia se baseou apenas em depoimentos de delatores e por planilhas da Odebrecht.
"Os supostos pagamentos (...) são corroborados, apenas, pelas tabelas da contabilidade paralela do Grupo Odebrecht (fls. 115-126, volume I), não sendo confirmados por nenhuma das testemunhas de acusação — nunca viram o dinheiro, nunca entregaram dinheiro e nunca viram o acusado receber dinheiro de ninguém — e nem por qualquer outra fonte de prova", disse a juíza.
Segundo o sistema Drousys, da empreiteira, o ex-governador era identificado sob o apelido "ovo" e mantinha contato com Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos, um dos diretores do grupo Odebrecht, para captar recursos para sua campanha. Ainda segundo a Época, o advogado de Colombo, Beto Vasconcelos, alegou que a denúncia não apontava o fato criminoso e que as acusações sobre a campanha de 2010 já haviam prescrito.