Foi definida na tarde desta quinta-feira, 20, a comissão dos nove deputados que irão avaliar a defesa do governador Carlos Moisés para dar prosseguimento ou não ao pedido de impeachment. Dos nove, dois deputados são do sul de Santa Catarina e, um deles, Jessé Lopes (PSL), já tem posição definida: vai contra Moisés.
Jessé afirma que não se sente representado pelo governador, visto que ele foi eleito pelo movimento que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e, mesmo assim, deixou Bolsonaro de lado durante a sua gestão. O deputado ressalta ainda que há várias outras questões decepcionantes em relação ao governador, e que a opinião já está praticamente formada.
“Existe um fator administrativo que ele deixou de lado, ao fazer o aumento dos procuradores e não respeitando a ordem judicial que seria apenas para certos grupos. Administrativamente ele errou e ele traiu o movimento que o elegeu. Com certeza estarei advogado contra Moisés”, pontuou Jessé.
O principal erro
O deputado reforça a ideia de que o principal erro de Moisés foi abandonar o presidente Bolsonaro. O deputado estadual cita diversos fatores que, ao longo dos últimos dois anos, contribuíram para o distanciamento e a divergência entre Moisés e o presidente.
“Moisés deveria ter defendido o presidente e se colocado à disposição do governo, ter feito um governo mais alinhado e em momentos se desvirtuou. Começou com a questão dos defensivos agrícolas, em que Moisés os taxou inventando uma situação que nunca existiu. Dali, várias coisas, recebendo o MST quando Bolsonaro disse que não receberia, assinou a agenda da ONU e naquele momento que todo mundo estava dizendo que o Bolsonaro era culpado das queimadas, ele endossou as queimadas e disse que enviaria bombeiros para lá, ao invés de quebrar a narrativa”, declarou.