Este mês é dedicado ao combate às hepatites virais, é o chamado Julho Amarelo. Por isso, a Secretaria de Saúde de Criciúma em parceria com a Atenção Básica e Especializadas de Criciúma, Vigilância em Saúde, Rotary Club, Unesc e Hospital São José realizam a Campanha de Prevenção e Rastreamento às Hepatites Virais, entre os dias 23 a 28. Serão realizados testes rápidos em diferentes locais, gratuitamente a toda a população.
“Tem a hepatite tipo A, tipo B e, no nordeste, tem a hepatite Delta que está associada a Hepatite B. Essas são as principais hepatites em termos de saúde pública nacional. Estima-se que no Brasil tenha 600 mil portadores de hepatite C. São doenças com grau evolutivo que podem evoluir para hepatite crônica e, em alguns casos, para câncer de fígado. A principal situação destas patologias, é que são doenças assintomáticas e podem percorrer toda sua evolução sem dor. E quando a pessoa descobre esta doença, já encontra em forma avançada. Essa é a principal sentido de fazer essas campanhas, no sentido de fazer diagnóstico”, explicou Luiz Augusto Borba, especialista em Gastroenterologia.
Segundo Borba, as hepatites tipo B e C tem algumas diferenças bastante significativas. A hepatite B pode evoluir para uma cirrose hepática num tempo mais curto. Já a hepatite C é mais lenta. “Estima-se que leva entre 20 e 30 anos para uma pessoa leva para ter uma cirrose hepática causada pelo vírus da hepatite C. Em contrapartida, a hepatite B pode desencadear um processo de tumor sem passar pelo estádio de cirrose. Então, além do diagnóstico é preciso fazer o controle destas hepatites”, esclareceu.
O médico reforçou que hoje o Ministério da Saúde libera medicamentos para hepatite tipo C. “Hoje os remédios modernos dão quase 100% de cura. Se você tem hepatite C você tem quase 100% de chances de cura. Quanto mais cedo fizer o exame, mais cedo terá o diagnóstico e mais cedo será curado de sua doença hepática”, revelou.