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Comissão de Finanças aprova projeto que permite retomada de atividades das igrejas

Projeto do deputado estadual Jair Miotto foi aprovado com uma emenda substitutiva global do autor

Por Marciano Bortolin Florianópolis, SC, 15/04/2020 - 18:35 Atualizado em 15/04/2020 - 18:38

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A Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa realizou na manhã desta quarta-feira, 15, a sua primeira reunião virtual e aprovou o acordo de procedimentos para realização das atividades por meio do Sistema de Deliberação Digital (SDD). O assunto mais debatido foi Projeto de Lei (PL) 100/2020, de autoria do deputado Jair Miotto (PSC), que reconhece a atividade religiosa como essencial para a população de Santa Catarina em tempos de crises ocasionadas por moléstias contagiosas ou catástrofes naturais. A proposta deve ser votada na sessão virtual da tarde desta quarta.

O projeto de Jair Miotto foi aprovado com uma emenda substitutiva global do autor, conforme relatório apresentado pelo deputado Fernando Krelling (MDB). O relator defendeu que “a manutenção dos templos religiosos é essencial para a população, desde que observadas as normas sanitárias, conforme previsto na emenda”.

Em participação especial na reunião, Jair Miotto disse que conversou com todos os parlamentares para explicar o projeto e que o substitutivo global foi formulado com o apoio do corpo jurídico da Casa. Segundo ele, com o projeto, as igrejas poderão funcionar como diversos setores que já estão funcionando, de acordo um protocolo, atendendo inicialmente as pessoas de forma individual. “O projeto permitirá o diálogo com a Secretaria da Saúde para elaboração desse protocolo.” O deputado, que é pastor, assegurou que jamais as igrejas agirão de modo irresponsável para criar um foco de contágio.  Na opinião dele, “o projeto ampliará a maneira como as igrejas estão ajudando neste momento”.

O deputado Marcius Machado (PL) opinou que o funcionamento das igrejas é importante, desde que assegurado o atendimento das normas sanitárias, o que foi previsto no substitutivo. A deputada Luciane Carminatti (PT), por sua vez, observou que o projeto inicial causou preocupação.

“Entendemos que a dimensão religiosa é fundamental, não cabe ao Parlamento entrar nesse mérito. No entanto, me preocupei porque o Parlamento precisa respeitar e garantir as condições sanitárias de convivência social.” Na opinião dela, com a emenda substitutiva global ficaram amarradas as orientações das autoridades sanitárias, ao mesmo tempo garantindo o direito à manifestação religiosa, uma vez que as igrejas poderão abrir e atender individualmente os fiéis, neste primeiro momento.

Milton Hobus (PSD) também defendeu a abertura das igrejas, conforme os critérios previstos no projeto de lei, para trazer conforto espiritual às pessoas. “Não se pode impedir o direito de ir e vir. E o conforto na fé ajuda a curar e a passar pelas dificuldades.”

José Milton Scheffer (PP) destacou que é importante encontrar formas de convivência e que não havia como aprovar o projeto original porque ele rompia o isolamento social, mas o substitutivo global vai deixar as normas a critério da Secretaria de Saúde e da Defesa Civil. “E eu confio muito na capacidade de discernimento e na sabedoria de padres e pastores”, acrescentou.

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