Nesta semana foi aprovada a comissão dos nove deputados que irão analisar e julgar a continuidade, ou não, do processo de impeachment do governador Carlos Moisés, da vice, Daniela Reinehr, e do secretário de Administração, Jorge Tasca. A comissão, no entanto, não foi definida de forma unânime e, de acordo com o deputado José Milton Scheffer (PP), o bloco foi formado sem que houvesse espaço para a defesa do governo.
“Entendo que é preciso, em toda e qualquer lei, ter os dois lados dentro da comissão para poder haver o debate e o direito da defesa dos acusados. Qualquer esfera de julgamento leva em consideração isso, e a maneira como a própria assembleia propôs, com a indicação por líderes de alguns blocos, fez com que se faltasse debate. Acabou criando uma comissão em que os acusados não tem espaço para defesa e argumentação”, disse o deputado, em entrevista ao programa Adelor Lessa desta quinta-feira, 27.
Zé Milton afirma que a defesa do governo acabou ficando prejudicada devido a isso, já que não há representação na comissão. Segundo o deputado, é preciso ter muita responsabilidade em relação à este processo, já que ele irá mexer diretamente com a vida de muitas pessoas.
O bloco contra o impeachment
O deputado do PP, porém, que a votação da formação da comissão não define exatamente os votos que serão contra ou a favor do impeachment de Carlos Moisés. “Ninguém sabe se terá 27 votos para afastar o governador ou não, isso é uma questão localizada. Tem muito mais do que sete ou oito deputados que pensam que esse não é o momento para afastar o governador”, disse.