O início de uma solução para o déficit em que hoje se encontra o Instituto de Previdência de Criciúma (CriciumaPrev) foi o tema de uma reunião na tarde de ontem. O encontro contou com a presença de integrantes dos conselhos Administrativo e Fiscal do instituto, diretoria, Prefeitura, Câmara de Vereadores e do Sindicato dos Servidores. A principal decisão tomada pela comissão foi de dar início a um censo previdenciário.
“O entendimento geral foi de que nós não podemos sugerir ações sem ter em mãos os dados necessários sobre as questões que envolvem o instituto. O primeiro passo, então, é fazer o censo previdenciário que, inclusive, é uma medida prevista em lei. Esse censo vai trazer as informações que nós necessitamos”, comenta a presidente do Conselho Administrativo, Patricia Bonfante.
A coleta dos dados envolverá, entre outros pontos, quantos servidores contribuíram com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) antes de ingressar na vida pública. “Hoje nós não sabemos o que vai vir do INSS para o instituto. E esse é um dado muito importante, porque pode diminuir o déficit, uma vez que é um valor que não está incluído no cálculo atuarial.
O presidente do CriciumaPrev, Darci Antônio Filho, adiantou que o trabalho já iniciará em seguida, mas que algumas ações podem demorar mais a ser finalizadas. “Queremos saber exatamente quantos servidores entraram antes de 2003, com a regra de se aposentar pela integralidade dos salários; quantos entraram depois dessa época, que se aposentam pela média de contribuições; quantos têm as contribuições do INSS. E a parte do Município é mais tranquila de conseguir, já o que envolve outras instituições é que leva mais tempo”, comenta Antônio Filho.
Atualmente, o instituto responsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões dos servidores municipais de Criciúma possui uma estimativa de sobrevivência financeira de aproximadamente seis anos. Na situação em que está, é provável que o CriciumaPrev não tenha mais condições de honrar com seus compromissos em 2024.