Solicitada pelo vereador Júlio Kaminski, foi criada em fevereiro deste ano a Comissão Temporária Especial do Saneamento e Resíduos Sólidos, pelo prazo de noventa dias. O objetivo é realizar o acompanhamento dos trabalhos da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e debater sobre as tarifas e taxas cobradas e serviços de água e esgoto fornecidos pela Casan aos cidadãos criciumenses.
Agora, os vereadores que compõem a Comissão estão visitando cidades no Estado que são referência no tratamento de esgoto. “Na realidade, a nossa comissão de saneamento acompanhou visita com o pessoal de obras em Florianópolis. Estamos através dela buscando informações quanto ao tratamento e valores cobrados. Porque, agora em junho, teremos a presença da agência reguladora que vai apresentar uma nova tarifação. Então, justamente por isso precisamos ver e tomar medidas para reduzir para o bolso do contribuinte”, contou Kaminski.
Na semana passada, a comissão esteve em São Ludgero, a primeira cidade brasileira a ter o esgoto 100% tratado. “São Ludgero tem uma tarifa que é 60% do valor cobrado, tem uma agencia reguladora que atende toda e região, não tem mau-cheiro no tratamento. É um case de sucesso e tem dado muito certo. O custo do tratamento é muito baixo”, explicou Kaminski.
Amanhã os vereadores estarão em Blumenau, buscando informações junto a Samae e na semana que vem em Jaraguá do Sul. “E ai sim, na audiência de junho, daremos encaminhamento para diminuir a tarifa para o contribuinte”, afirmou.
A ideia, segundo Kaminski, é discutir também a possibilidade de criar uma agência. “Se realmente percebermos que faz a diferença, essa pode ser uma sugestão da comissão”, esclareceu.
Quando questionado se pretendia fazer em Criciúma o que aconteceu com Morro da Fumaça, que assumiu a gestão da rede de agua e esgoto, Kaminski respondeu: “Se isso for resolver o problema e termos um atendimento de maior eficiência, vamos buscar sempre o bom entendimento. Mas não sei, vamos deixar as coisas fluírem para ver as medidas que temos que adotar”.