Santa Catarina precisa interligar as diferentes modalidade de transportes. Essa é a opinião do engenheiro e presidente do Comitê Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis, Roberto de Oliveira. Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, explicou que problemas na malha rodoviária atingem todo o Brasil e que por aqui não é diferente.
“Nós temos problemas no estado inteiro. Essa produção de caminhões sem mais nem menos é uma coisa que complica, não podemos impedir de circular, mas afeta a economia. Tem o plano diretor, que sempre incentivou o transporte individual”, disse o engenheiro. Segundo ele, as BRs 101 e 282 são as que mais sofrem com o tráfego intenso.
O engenheiro pensa que a solução mais viável é a navegação por cabotagem, aquela que faz a ligação entre diferentes portos em um mesmo estado ou país. Citou que é necessário fazer o contorno rodoviário entre as cidades, como em Florianópolis, mas isso exigiria mudanças em outras cidades também, como Itajaí.
“Para a nossa malha rodoviária que está desgastada, nós temos que resolver e o Estado não tem dinheiro para recuperar a malha. O ideal seria combinar os modos rodoviários, ferroviários e portuário. Tem que existir uma estrutura chamada retroporto, para que os caminhões não precisem chegar na porta do porto”, comentou Oliveira.
Aliás, para o engenheiro, a construção da Ferrovia da Integração, conhecida popularmente como ferrovia do frango, será fundamental. Essa obra ligará o Oeste com os portos catarinenses. A expectativa é de que custe entre R$ 12 e R$ 12 bilhões.
Confira a entrevista na íntegra: