Desde 1968, médicos praticantes da religião espírita decidiram criar uma entidade buscando conciliar a ciência e a espiritualidade. De lá para cá a entidade ganhou o mundo, expandido seus espaços e ganhando novos participantes. Há cinco meses, iniciaram as reuniões da Associação Médica Espírita de Criciúma.
“A Associação existe desde 1968 em São Paulo, quando um grupo de médicos se reuniram e fundaram a entidade. Ela tem como objetivo de fazer essa aproximação entre a ciência e a religião. A partir disso o movimento foi crescendo, os estudos e pesquisas foram ampliando”, comentou o presidente da Associação Médica Espírita de Criciúma, João Madeira Neto, ao programa Adelor Lessa na manhã desta quarta-feira, 11.
A partir da criação da entidade, foi criados encontros bianuais, um importante evento internacional de medicina e espiritualide. Em 1990 foi criado a Ame (Associação Médica Espírita) do Brasil. “Depois disso foram criadas as Ames e hoje temos aproximadamente 70 Ames no Brasil, além de entidades nos Estados Unidos e na Europa”, completou.
Procedimentos realizados
Conforme Madeira, é importante esclarecer que eles não realizam procedimentos ou cirurgias. O objetivo segue sendo a aproximação da fé e da ciência. “Não fazemos cirurgia e nenhum atendimento. Nós estamos com três objetivos: benemerência e caridade; a pesquisa, estudar através da ciência de como o ser humano acontece; e outro através dos estudos e palestras. destes novos paradigmas e maneira de olhar para o paciente, de uma forma mais holística, não olhando apenas o material”, enfatizou.
Segundo o presidente, há estudos e dados que mais de 80% de pacientes gostariam de que os médicos abordassem métodos religiosos nos tratamentos medicinais. “Hoje nós sabemos através das pesquisas que a maioria dos pacientes tem necessidades espirituais, então precisamos abordar isso com os pacientes. Não podemos deixar de lado”, comentou.
Madeira explica que a Ames vem com o objetivo de quebrar paradigmas, adicionam aos tratamentos a espiritualidade.