Condomínio de Criciúma organiza mutirão de limpeza e faz até oração para enfrentar quarentena

Condomínios precisam adequar suas normas e rotinas para enfrentar o período de quarentena. Em um local onde vivem mais de 1 mil pessoas, com 21 blocos e 416 apartamentos, por exemplo, medidas especiais de higienização e de conscientização para restringir a circulação de pessoas devem ser tomadas. Foi o que aconteceu em um dos maiores e mais antigos condomínios de Criciúma: o Moradas da Colina, no bairro Mina do Mato. 

Um mutirão dos moradores foi organizado pela administração do condomínio. Como resultado, grupo dos próprios blocos faz a limpeza do local e outro retira o lixo. Na segunda-feira, o síndico Luis Antonio Silveira fez a higienização completa da parte externa, desinfetando com álcool e cloro concentrado as lixeiras, portas e acessos. 

A circulação de pessoas diminuiu, não por imposição, mas por instrução e diálogo. "Não se vê praticamente ninguém na rua. Pessoal só desce mesmo quando necessário, com a criança para dar uma volta rápida próximo aos blocos. A gente não proíbe visitas, não tenho autoridade para isso, mas conversamos com moradores para evitar, que tenha apenas o necessário. Entregadores não sobem nos blocos, ficam embaixo e o morador desce", relata Luis Antonio.

Seguindo as orientações do poder público, os funcionários de limpeza do condomínio foram dispensados. Os moradores se organizaram para limpar os blocos e recolher o lixo, despejado nas 12 lixeiras internas do condomínio, e encaminhá-lo ao depósito externo.

 "Os moradores se reúnem, a gente consegue luvas e máscaras e retiramos o lixo. A limpeza dos corredores, higienização, álcool nos corrimãos, cada morador cuida do seu bloco para evitar o contato maior com o pessoal de fora. Os moradores ajudam muito", explica o síndico.

As áreas de convivência, como o campo de futebol, quadra de areia, pracinha, playground e salão de festas estão fechadas. Para manter a fé, um morador é encarregado de trafegar pelas ruas internas do codomínio com um carro de som, com a oração de um pai nosso e a execução de um hino religioso, o que ocorre diariamente às 21h.