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Eleições 2022

Confira o bate e rebate de Giovana Mondardo e Jessé Lopes na Som Maior (VÍDEO)

Representantes dos candidatos à Presidência da República debateram na manhã desta sexta-feira (28).

Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 28/10/2022 - 12:25 Atualizado em 28/10/2022 - 14:33
Fotos: 4oito
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Os representantes dos candidatos à Presidência da República - Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) -, Giovana Mondardo e Jessé Lopes, respectivamente, tiveram dez minutos, cada, para argumentarem entre si na manhã desta sexta-feira (28), durante um debate promovido pela Rádio Som Maior, no Programa Adelor Lessa. Confira abaixo os principais momentos:

Logo no início, Jessé Lopes confronta Giovana Mondardo ao criticar uma fala sua em 2020, durante um debate, em que, segundo o deputado estadual, a vereadora teria afirmado que "um milhão de brasileiros morreriam em três meses", em alusão ao período da pandemia. "Se morre uma pessoa, já é uma grande perda para o Brasil. É importante dizer que salientei essa quantidade de mortos porque era o que a ciência dizia", afirma a política. 

[o texto continua após o vídeo]

Assista a transmissão completa:

A vereadora de Criciúma rebateu o candidato ao dizer que "irresponsabilidade trata quem lida com a política como moral. Eu lido com a ciência e com evidência científica", frisa. Jessé, por outro lado, argumenta: "que ciência é essa que errou? Errou bem errado", comenta. "O Brasil, proporcionalmente, foi o país que mais perdeu pessoas e, em especial, profissionais da saúde, em decorrência da Covid-19", acrescenta Giovana. 

Ainda no tema saúde, o deputado estadual questionou a vereadora: "o que faltou do Governo Federal para os profissionais da saúde neste momento em que morreram da Covid-19?". Giovana respondeu: "Nós sabemos bem. Faltaram insumos, não é à toa que, até aqui na cidade, tivemos iniciativas de várias entidades para fabricação de máscaras. A pandemia nos trouxe a pior experiência do que um governo de retrocesso poderia representar", pontua. 

Giovana Mondardo criticou a troca de ministros da Saúde durante o Governo Bolsonaro. "A desfaçatez do que aconteceu na Pasta desqualificou o ministério que lutamos tanto para conquistar. Foram quatro trocas, com um escândalo atrás do outro. Pazzuelo - que não sabia nada de saúde -, e um ou outro com uma condição ainda pior", disse a vereadora.

"Quando a gente fala em trocas de ministro, eu vejo com bons olhos. Porque quando tens autonomia nos teus ministérios, tu fazes isso. Se não está dando certo, tu trocas. Ao contrário do Governo Lula, que era comprometido com os partidos políticos. O presidente manda. Eu vejo com muita qualidade. Se um não deu certo, outro vem para tentar", contrapõe. 

A economia durante a pandemia da Covid-19 também foi pauta do debate entre os representantes, ao Jessé criticar o lockdown. "A gente não pediu para fechar tudo sem condições de garantia econômica para a população que trabalha na informalidade", pontua a vereadora de Criciúma. "O que era a garantia econômica?", questiona o deputado estadual. 

"Garantia econômica do ponto de vista do auxílio emergencial, que era pra ser de R$ 600 desde o começo, porque a oposição tentou garantir isso. Bolsonaro queria de R$ 200. A gente sabia que isso não ia garantir ninguém de ficar em casa. Era o que eu dizia nas minhas redes sociais", afirma Giovana.

A vereadora ainda comenta que "o Governo Bolsonaro deixou morrer muitas pessoas por escolha, porque negou uma condição vida, insumos e, sim, é no Ministério de Saúde que se trata, inclusive, da distribuição". Jessé confronta: "É isso que eu tenho medo do PT quando a gente fala no retorno do partido. Porque, para ela, garantir economia é garantia o auxílio alguma coisa. É lógico que isso fomenta, mas esse dinheiro vem dos impostos que as pessoas não estavam mais contribuindo", frisa.

"Se o Bolsonaro fez uma proposta de R$ 200 [para o auxílio emergencial], é porque ele sabia que a Câmara iria aumentar. Se tu jogas de R$ 600, eles vão querer R$ 800. É assim. Eu sei os números que vieram para Santa Catarina, foram mais de R$ 9 bilhões e, se não tivesse a pandemia, serão para investimentos e desenvolvimento. Mas ele fez o que tinha que ser feito para as pessoas fazerem críticas bobas e irresponsáveis", comenta o deputado.

Jessé Lopes ainda fala para Giovana Mondardo: "Por que não reclamas do prefeito? Estás aqui, na Câmara, reclama para ele, que não fez a restrição que tu querias", questiona. Ainda, na sua fala, o deputado cita o uso de ivermectina para o tratamento precoce da Covid-19. "Na Nigéria, país que tem a mesma quantidade de população que o Brasil, morreu menos da metade e, lá, fizeram o uso desse medicamento. Então, por que fizeram isso? Mataram pessoas também, ainda que seja placebo, se ajuda, por que impedir?", acrescenta. 

"Não se espera de alguém da área da saúde, que, a essa altura da pandemia, ainda defenda ivermectina. Mas, eu vou além. Eu acho que o senhor não está na rua, não se conecta com a comunidade. Não conhece a vida real das pessoas. É retrato do bolsonarismo e, por isso, foi reeleito", rebate a vereadora de Criciúma. "Em fevereiro deste ano, o Dieese fez uma pesquisa que avaliou que o salário mínimo do povo brasileiro, para poder viver com a inflação no valor que está, precisaria ser R$ 6 mil para alimentar uma família de quatro pessoas. É dessa realidade que a gente precisa falar", complementa. 

Para Giovana, como chefe de Estado, Bolsonaro deveria não só dar o exemplo, mas, também, garantir a sensibilidade, caridade e exercitar isso ao longo do governo. "Se for para ser bruto, que seja olhando para a população. Não foi assim que a CPI, inclusive, identificou", frisa. "Mas é preciso que a gente dobre essa página do Brasil e recupere a nossa economia e volte a botar comida na mesa do nosso povo. Fazer deste lugar, é falar de quem conhece a rua e de quem está todos os dias entendendo que tem pessoas com energia desligada, passando dificuldades e, você, provavelmente, nem conhece o bairro", acrescenta. 

Jessé rebateu: "Não fala coisa que tu não sabes, porque não dormes comigo para dizer se estou na rua ou não", disse o deputado. Giovana, por outro lado, intervém "Graças a Deus". "Não ficas cogitando coisas que tu não sabes. Com relação a se eu fui reeleito, eu fui reeleito com quase o dobro de votos. Na primeira oportunidade, sim, foi uma onda. Mas no segundo foi o meu trabalho. E fui para a rua, sim. A CPI não mostrou nada. Cadê os inquéritos? Só perdemos tempo. Isso foi usado para fazer política em cima das mortes de pessoas. Vocês são canalhas, o que fizeram com a população brasileira", finaliza o político.

Giovana fez uma provocação aos ouvintes da Rádio Som Maior. "Eu não costumo pregar para convertido. Quero falar com a população e desafiar todos a pegaram a carteirinha de vacinação e verem a data do dia da imunização. Qual o mês que passaram a ser vacinados. Tem gente sem a quarta dose", comenta a vereadora. "Eu estou sem nenhuma", diz o deputado. "Isso deveria ser proibido. É um absurdo que um profissional da saúde não se vacinar, mas, é escolha, né? E está tudo bem. Esse é o jogo do Bolsonaro", completa a política.    

"De grosseirão, o Brasil está cheio. Aqui nesta mesa, inclusive. Neste sentido, eu vou muito além, porque quero falar com as pessoas que estão, neste momento, nos ouvindo e sabem que a vacinação não veio fácil", acrescenta Giovana. "É melhor ser grosseiro e honesto, do que ser bonzinho e vagabundo. Nós temos um presidente austero com o dinheiro público. Isso que importa. O governo que você defende não é democrático. Não podemos comparar. Se essa for a comparação, já ganhei o debate", contrapõe Jessé.  

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