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Conheça o projeto que quer baixar para R$ 2,6 mil o salário dos vereadores

São necessárias mais de 7 mil assinaturas para levá-lo à Câmara; projeto também prevê queda de remuneração do prefeito e vice

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 25/11/2019 - 11:51 Atualizado em 25/11/2019 - 11:58
Foto: Arquivo / Divulgação
Foto: Arquivo / Divulgação

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O suplente de vereador Diego Goulart, junto com o professor Tiago Colombo e o advogado Rafael Vieira, criaram um projeto que visa diminuir o salário dos vereadores, prefeito e vice-prefeito de Criciúma. O projeto ainda está em fase de coleta de assinaturas, antes de ser encaminhado à Câmara de Vereadores.

A intenção é diminuir o salário dos vereadores de R$ 9,6 mil para R$ 2,6 mil, a média de renda per capita na cidade. O salário do vice-prefeito cairia dos mais de R$ 11 mil para o mesmo que dos vereadores, enquanto o do prefeito seria reduzido para quatro vezes o salário dos vereadores, o que daria R$ 10,4 mil.

“Se o vereador é o representante da sociedade, nada mais justo do que receber o salário médio regional. Vereador não é profissão, a pessoa está vereadora por um período e depois ela continua nas suas atividades normais. Acreditamos que o vereador deve manter sua atividade profissional, ele não deve ser motivado a continuar vereador pelo salário. Redução do salário do prefeito que hoje recebe mais de R$ 20 mil, nós propomos quatro vezes o salário do vereador, que dá R$ 10,4 mil, e do vice, que ganha mais de R$ 11 mil, para um salário de vereador, uma vez que ele não tem função específica, ele é espectante de poder. O vice é um suplente remunerado”, explicou Diego.

O projeto precisa recolher 7,229 mil assinaturas, referente a 5% do eleitorado de Criciúma. Ele ainda prevê a diminuição para apenas um assessor por vereador - atualmente são dois. Diego explica que não se estende aos secretários, pois eles precisam trabalhar em tempo integral e um salário baixo não permitiria ter pessoas adequadas ao cargo. "Já o vereador, a função é fiscalizar o executivo e estar nas sessões. Esse negócio de ir bater foto com prefeito nas inaugurações é forma do vereador se promover, não é função exclusiva de vereador. A gente não é contra, mas não cabe ao município pagar para o vereador fazer isso", justifica.

A expectativa é conseguir o número de assinaturas já em janeiro e que a Câmara o receba em fevereiro, quando retornar as atividades. "Em ano de eleição, os vereadores vão pensar com muita atenção. A economia nesse projeto supera R$ 15 milhões em uma legislatura", aponta Diego. "É bom porque o projeto está sendo discutido na sociedade e dois municípios da Amrec querem levar a ideia. Fomos convidados a conversar com um grupo que representa a região e levar a outros nove municípios", finalizou. 

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