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Conheça os motivos que levaram o prefeito Clésio Salvaro à prisão

Chefe do Executivo foi preso em casa na manhã desta terça-feira (3)

Por Fernanda Zampoli Criciúma, 03/09/2024 - 12:08 Atualizado em 03/09/2024 - 12:11
Foto: Gabriel Mendes/4oito
Foto: Gabriel Mendes/4oito

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Em farta documentação, com mais de 38 depoimentos, além de mandados de busca e apreensão, do Ministério Público, através do o GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), a Desembargora, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, determinou a prisão preventiva do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro e outras nove pessoas na manhã desta terça-feira (03), por fraude em serviços funerários. As detenções são de nova fase da Operação Caronte, que está em curso desde março de 2023 e nesta terça-feira aconteceram em Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. Além das dez prisões, três pessoas estão proíbidas de acessar e frequentar a Prefeitura Municipal a Câmara de Vereadores de Criciúma, além de de manter contato com testemunhas e investigados e acessar documentos e informações das empresas envolvidas na investigação. No total, 17 pessoas foram presas. As outras sete estão presas desde o dia 05 de agosto. 

Além do prefeito, nesta fase estão presos: Juliano da Silva Deolindo, Gilberto Machado Jr, Luiz Henrique Cavalli, Henrique Monteiro, Eduardo D'Àvilla, Guilherme Mendonça , Hélio da Rosa Monteiro, Juliane Abel Barchinski e Fabio André Leier. Em agosto foram detidos: Bruno Ferreira, Jefferson Monteiro, Tiago de Moraes, Leandro Renan, Sandro Guarani, Anilson Cavali Junior e Gineides Varela.  

O crime:

As investigações apuraram possíveis crimes relacionados ao serviço funerário no Município de Criciúma, incluindo organização criminosa, fraude em licitatórios/contratações públicas e corrupção. Segundo consta, ainda no final do ano de 2023, a Ouvidoria do MinistérioPúblico recebeu denúncias de uma possível fraude em um processo licitatório para acontratação de empresas de serviços funerários em Criciúma. As suspeitas apontavam que a empresa Crematório Catarinense seria beneficiada e que haveria envolvimento de Bruno Ferreira, então Secretário de AssistênciaSocial do município. Conforme os documentos , houve uma alteração na legislaçãomunicipal de Criciúma que resultou na redução do número de funerárias habilitadas paraoperar na cidade, de seis para quatro. Esta mudança foi efetivada pela Lei Complementar n.º466/22, datada de 8 de junho de 2022, que modificou a Lei Complementar n.º que modificou a Lei Complementar n.º 159/2015.

"As investigaçõesrevelaram um complexo e permanente esquema de supostos crimes contra a administraçãopública e consumidores em Criciúma, sobretudo no controle do serviço funerário. O grupo, composto por um núcleo público/político e um privado, atuava, teoricamente, manipulando licitações, alterando leis municipais com o intuito de limitar aconcorrência e obtendo acesso a documentos não publicados, bem como influenciando nas decisões da Administração Pública para alterarem os termos de referência de editais licitatórios após a suposta adesão de empresários e colaboradores de Florianópolis. O núcleo público seria, em tese, composto pelo Prefeito Municipal, senhor Clésio Salvaro, e o Secretário da Assistência Social, Bruno Ferreira, além de JulianeAbel Barchinski, na condição de gerente da Secretaria de Assistência Social, e Juliano daSilva Deolindo, advogado empregado na Prefeitura Municipal de Criciúma, lotado naSecretaria de Assistência Social", detalha no processo a desembargadora. 

Os mandados de prisão preventiva tem validade até 01 de setembro de 2044.  O prefeito Clésio Salvaro, foi preso em casa e encaminhado ao presídio de Itajaí.  


 

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