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Contratação de salão de beleza para obras em UBS resulta em investigações na Prefeitura de Jaguaruna

Empresa contratada seria de irmã de um dos secretários do município, sendo previamente direcionada ao certame

Informações de Portal Infosul Jaguaruna - SC , 31/12/2020 - 11:12 Atualizado em 31/12/2020 - 11:17
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Na segunda metade do mês de dezembro, uma investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acabou revelando diversas suspeitas de fraudes em licitações e corrupção na Prefeitura de Jaguaruna. As investigações foram motivadas por um fato acontecido em 2018, quando a prefeitura contratou um salão de beleza para realizar obras de manutenção em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Foram mais de 20 meses de trabalho por parte dos investigadores para a descoberta de outros casos semelhantes no município. De acordo com o MP, a cabeleireira Noeli da Silva Oliveira cedeu sua empresa para o seu irmão, Júlio César Oliveira, mais conhecido como Baiano, alterar o objeto social do empreendimento e acrescentar novas atividades, como obras, serviços de pintura e manutenção.

Em setembro de 2018, a Prefeitura lançou uma licitação na modalidade convite para o fornecimento de material e mão de obra para a limpeza e manutenção das unidades básicas. A empresa de Noeli, então, venceu a licitação e assinou um contrato de R$ 145.570,38, sob a suspeita de que a vitória já estava previamente direcionada.

O irmão de Noeli, Júlio César, na época trabalhava como Diretor de Departamento da Secretaria de Agricultura, Indústria, Comércio e Pesca. Acontece que ele deixou o cargo cinco dias após a vitória na licitação e, mais tarde, acabou sendo promovido a Secretário de Obras na Prefeitura de Jaguaruna.

A investigação aponta que Júlio César passou a executar o contrato e gerir o ramo de construção civil da empresa, ao mesmo tempo em que Noeli sabia de todos os atos praticados e até mesmo auxiliava na administração dos negócios.

Nem a empresa de Noeli e nem os outros dois empreendimentos convidados para participar da licitação possuíam empregados com carteira assinada registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A empresa da cabeleireira passou a ter um servente de obra cadastrado somente dois meses depois de ter vencido a licitação.

As três empresas convidadas têm diversos contratos com a prefeitura de Jaguaruna e são investigadas, assim como seus sócios. O MPSC suspeita ainda que uma delas, a Target seja, na verdade, de propriedade do prefeito afastado Edenilson Montini da Costa (PSL), apesar de estar no nome de Fábio Nascimento José da Silva. Pela proximidade que o então chefe do executivo tem com os envolvidos, o MPSC acredita que ele possuía pleno conhecimento da manobra.

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