“A que tiver”. A frase que virou até meme busca conscientizar as pessoas a não escolher a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), mas sim, quando chegar a sua vez, receber a dose do imunizante à disposição nos municípios.
A dica é de várias autoridades, entre elas o secretário Municipal de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, ao lembrar que as reações são comuns a todas as vacinas. “Mas isso é passageiro, um dia ou dois. O pior é estar contaminado e não poder curar nem em um dia nem em dois. A reação das vacinas é normal, acontece em todas. Não é esta queixa que vai fazer com que as pessoas não se vacinem. Quando chegar a sua hora, procure os pontos de vacinação”, enfatiza.
As vacinas disponíveis até o momento são: CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. “O ruim é não ter nenhuma delas. Tem que tomar a que estiver à disposição porque está comprovado que vai proteger. Todos os testes, as etapas concluídas, a Anvisa aprovou. Não tem que ter esta preocupação e fazer aquela que está à disposição”, reforça o secretário.
Escolha ser vacinado
Com a campanha #euescolhiservacinado, a Dive de Santa Catarina reforça o pedido para que as pessoas não deixem de tomar a vacina, a que estiver disponível, independentemente da marca. O órgão reforça que todas são seguras e que a proteção de todos contra o coronavírus depende da proteção de cada um. Outra recomendação importante é que mesmo depois de vacinadas as pessoas não descuidem dos protocolos sanitários. O uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social continuarão indispensáveis.
As características de cada vacina:
AstraZeneca
Quem fabrica: O imunizante é produzido pela Universidade de Oxford e pela empresa farmacêutica britânico-sueca Astrazeneca, sendo que no Brasil, a produção ficou sob responsabilidade da Fiocruz.
Autorização: A Astrazeneca teve o uso emergencial aprovado em janeiro de 2021, tendo o registro definitivo por parte da Anvisa em março.
Eficácia: A Anvisa aponta que a AstraZeneca apresentou 64,2% de eficácia contra a Covid-19 nos estudos clínicos realizados no Brasil. A eficácia do imunizante, de acordo com a situação, varia entre 30,6% e 81,5%.
Componentes: A vacina da AstraZeneca usa um adenovírus comum em chimpanzés. Ela é uma tecnologia que utiliza o "vetor viral", um vírus modificado e leva para as células do indivíduo vacinado um material genético que produz uma proteína do Sars-Cov-2, chamada de "S", de Spike, que é usada pelo coronavírus para invadir as células. Ele faz a defesa do corpo para barrar o vírus.
Tempo entre as duas doses: O intervalo entre as duas doses é de 12 semanas.
Reações: A AstraZeneca apresenta reações como dor no local da vacina, dor de cabeça, febre e náuseas.
CoronaVac
Fabricante: A CoronaVac é produzida pela chinesa Sinovac Biotech. No Brasil, o Instituto Butantan fechou parceria com o laboratório para importar o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) e produzir as doses.
Autorização: A Anvisa autorizou o uso emergencial da Coronavac para uso emergencial em janeiro.
Eficácia: Nos estudos realizados no Brasil, a Corona Vac mostrou eficácia geral de 50,38%. Essa porcentagem é medida comparando-se os números entre aqueles que receberam a vacina e os que tomaram placebo. A eficácia para casos leves, em pacientes que precisam receber assistência médica, é de 77,96%.
Componentes: O imunizante usa uma versão inativada do coronavírus. Durante a produção, o vírus é multiplicado em células e depois exposto a produtos químicos que o inativam. A vacina, a ser aplicada, o vírus é detectado pelo sistema imunológico que desenvolve anticorpos. Porém, como o vírus é incapaz de se reproduzir, a pessoa não fica doente.
Tempo entre as duas doses: É indicado que a aplicação da segunda dose ocorra em um intervalo de 14 a 28 dias.
Reações: Entre as reações mais comuns estão dor e inchaço no local de aplicação, fadiga e dor de cabeça.
Pfizer
Fabricante: A Pfizer foi desenvolvida pela empresa alemã BioNtech e produzida pela farmacêutica americana Pfizer.
Autorização: A Pfizer foi a primeira vacina a receber o registro definitivo da Anvisa, em fevereiro.
Eficácia: Segundo a BioNtech , a vacina apresenta 91,3% de eficácia para evitar o contágio pelo coronavírus por pelo menos seis meses após a aplicação da segunda dose e previne em 100% os casos graves.
Componentes: A Pfizer é desenvolvida com a tecnologia de RNA mensageiro. Diferente dos outros laboratórios, a Pfizer não insere o vírus atenuado ou inativo no organismo, mas ensina as células a produzirem uma proteína que estimula a resposta imunológica.
Tempo entre as duas doses: O intervalo recomendado é de 21 dias.
Reações: As reações mais comuns são fadiga e cansaço.