Covid-19: aumento de casos e internações em Criciúma preocupa secretário

Os registros de casos diários do novo coronavírus em Criciúma já não são tão grandes quanto os vistos em meados de julho e agosto mas, ainda sim, preocupam. A cidade, que chegou a ter uma taxa de novos casos e internações mínima nos últimos meses, vem registrando um aumento considerável.

De acordo com o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, ainda não se pode chamar de uma segunda onda o que se vive hoje no município, mas é o suficiente para reforçar a preocupação. “Tivemos nesses últimos dias e duas semanas um aumento significativo, principalmente na questão de casos positivos. É um aumento diário e, quanto mais se testa, mais se busca também esses casos”, declarou.

Segundo Acélio, o município chegou a ter um mínimo de 15 internações nos hospitais e, atualmente, conta com 48 pacientes internados. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), já são seis pessoas internadas. “Ainda é um quadro considerado baixo perto do que chegamos em agosto, mas preocupante. Tenho dito que enquanto tivermos um único caso positivo, a preocupação continua sendo a mesma”, disse o secretário.

Testagens 

O município está reforçando a testagem de Covid-19, sobretudo para pacientes com idade superior à 50 anos, em unidades básicas de saúde específicas como Centro, Santa Luzia e Próspera. O reforço nos testes no entanto vem gerando algumas filas inesperadas nas unidades de saúde.

“Pedimos que as pessoas não procurem presencialmente para marcar o atendimento, que façam isso por telefone. Que não compareçam ao local, porque não queremos justamente ter filas ou pessoas aglomeradas”, declarou.

Aglomerações em eventos preocupam 

Aos poucos, os eventos vão se organizando e retornando em Criciúma e região, devido a matriz de risco potencial alto (amarelo), analisado pelo estado. A possibilidade de aglomerações em eventos sociais como aniversários, por exemplo, no entanto, preocupa os profissionais da saúde.

“Se percebe quando tem um aniversário ou festa que gera aglomeração que, nessas aglomerações, há um risco muito grande, porque as pessoas começam a beber, tiram a máscara e passam a ser vetores de transmissão, e isso nos preocupa muito. Esse avanço agora pro verão é uma preocupação cada vez maior”, pontuou.