O número de novos casos de Covid-19 está crescendo em Criciúma, bem como a nível nacional. Conforme os últimos boletins epidemiológicos divulgados pelo Município, haviam 141 casos ativos nessa quinta-feira (12), passando para 163 confirmados na sexta-feira (13). Segundo o pneumologista Renato Matos, em entrevista ao programa Adelor Lessa, desta segunda-feira (16), um dos marcadores da circulação viral é o percentual de testes positivos feitos em laboratório.
“Naquelas ondas mais pesadas, a cada 100 testes realizados, 40, 50 eram positivos. Nos chegamos, há algumas semanas, a ter 4% só. Hoje, nós estamos na faixa de 15%, 17%, isso é uma coisa nacional e também acontece em nível local. Evidentemente, está aumentando a circulação da Covid-19 que era uma coisa esperada”, explica. Agora, a preocupação são com as subvariantes da Ômicron, conhecidas como BA.1, BA.2, BA.3, BA.4, BA.5.
De acordo com o pneumologista, a vida de volta a normalidade, sem máscara, é o que está gerando o crescimento das infeções, muitas delas subnotificadas por conta dos sintomas leves e falta de testes. “Isso, não necessariamente, tem repercutido no número de internações. São mais infecções e as vacinas estão nos ajudando”, reforça Matos.
Em Criciúma, metade da população ainda não tomou a dose de reforço
A vacinação tem sido a principal recomendação dos especialistas e órgãos de saúde no combate à Covid-19. No entanto, aproximadamente 88 mil criciumenses ainda não tomaram a dose de reforço. Isto é, pelo menos a metade do público-alvo não compareceu para receber a terceira dose.
“A grande preocupação nessa história é que as pessoas não estão se vacinando. Isso já está bem definido na literatura que duas doses depois de seis meses já perderam o efeito. É fundamental que as pessoas façam a terceira dose. E aqueles grupos mais vulneráveis, imunossuprimidos, acima de 65 anos, devem fazer também a quarta dose”, salienta o pneumologista.
Enquanto não há uma vacina polivalente, como existe para as variantes da gripe (Influenza), é preciso tomar outros cuidados. “Nesse meio tempo, nós temos que lutar com as armas que temos à disposição: terceira e quarta dose e, em situações de risco, usar a máscara”, recomenda.